Fique atento: na lista de tumores mais letais do Brasil, entre diversos conhecidos da população, como os cânceres de pulmão e mama, está um subtipo que passa despercebido pela maior parte dos brasileiros: o câncer de fígado. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, 20% das pessoas não conhecem a doença, que, mesmo não figurando entre as dez formas de câncer mais incidentes, é a sexta que mais mata no País.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer, a taxa de mortalidade da doença (4,33 a cada 100 mil habitantes) é quase tão alta quanto a de cânceres muito mais incidentes e de maior reconhecimento por parte da população, como o de próstata – que corresponde a quase 32% de todos os tumores em homens e tem uma taxa de mortalidade muito similar (6 a cada 100 mil habitantes).
De acordo com a médica Anelisa Coutinho, diretora da Sociedade, vários são os fatores relacionados ao surgimento do câncer primário do fígado, incluindo desde a ingestão alcoólica até vírus de hepatites. Portanto, na maioria dos casos, o tumor já surge em um fígado doente. O conhecimento desses fatores e acompanhamento regular dos pacientes de risco certamente podem ajudar a reduzir a letalidade do câncer de fígado.