Após uma abertura relativamente positiva, a Bolsa e o dólar retomaram o modo “cautela” no meio da manhã. O dólar, logo cedo, chegou a reagir pontualmente à não-cassação da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na sexta-feira, e ao avanço dos preços do petróleo, mas depois virou com as incertezas locais e a perspectiva de alta de juros pelo Federal Reserve em sua reunião da quarta-feira. Na máxima intraday, bateu R$ 3,3190, em alta de 0,81%, por volta das 14h.

Com os ganhos do petróleo e do minério de ferro, o Ibovespa abriu em alta, mas inverteu a trajetória, perdendo o patamar dos 62 mil pontos, pressionado pelo setor financeiro. Na mesma faixa horária, era negociado aos 61.358,81 pontos, em queda de 1,37%, no menor patamar do dia.

Após o resultado do TSE, os investidores monitoram a movimentação em torno de uma possível apresentação de denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer e possíveis desdobramentos do suposto uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pelo presidente para espionar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.

No radar, também está a reunião da executiva do PSDB, que deve discutir a permanência do partido na base aliada do governo, embora haja dúvidas sobre uma definição ainda hoje.

No exterior, o destaque é o mercado de ações, que está em baixa tanto em Nova York quanto na Europa, pressionado pela forte realização de lucros do setor de tecnologia. Há, ainda, receios sobre o quadro político no Reino Unido, após a primeira-ministra Theresa May ter de negociar uma aliança para ter a maioria no Parlamento e enfrentar dúvidas quanto ao andamento do processo do Brexit.

Com informações O Estado de São Paulo