O dólar opera em queda de mais de 3% nesta segunda-feira (8), após os resultados das eleições realizadas no domingo.
Às 9h40min, a moeda norte-americana caía 3,2%, vendida a R$ 3,7315.
Na mínima, o dólar atingiu R$ 3,7095, e na máxima, R$ 3,7614.
O resultado das eleições causou euforia entre os investidores, levando o principal índice da bolsa brasileira, a B3, a operar em alta de mais de 5%, acima de 86 mil pontos. As ações ordinárias e preferenciais da Petrobras subiam mais de 11%.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de novembro, no total de US$ 8,027 bilhões.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Na última sessão, na sexta-feira (5), o dólar fechou em queda de 1,01%, vendida a R$ 3,8547. Foi o valor mais baixo desde o dia 9 de agosto (R$ 3,8023), repercutindo as últimas pesquisas eleitorais e após a divulgação dos dados do mercado de trabalho dos EUA.
Na semana passada, o dólar acumulou queda de 4,53%. Já no ano, a moeda tem valorização acumulada de 16,33%.
Ajustes nas perspectivas
Desde agosto, o dólar vinha se mantendo acima de R$ 4, em meio a incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.
A expectativa de que a cautela iria predominar nos mercados antes do primeiro turno foi substituída por ajuste de posições nos últimos pregões, em meio ao resultado das últimas pesquisas eleitorais.
O mercado prefere candidatos com viés mais reformista e entende que aqueles com viés mais à esquerda não se enquadram nesse perfil. E, com o resultado das eleições, o mercado entende que o país poderá ser governado por alguém com o perfil que se enquadra na sua preferência.
As flutuações costumam ocorrer conforme cresce a procura pelo dólar ou oferta: se os investidores veem um futuro mais incerto ou arriscado, buscam comprar dólares como um investimento considerado seguro. E quanto mais interessados no dólar, mais caro ele fica.
Outro fator que pressiona o câmbio é a elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes. O mercado tem monitorado ainda a guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais e a crise em países como Argentina e Turquia.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 permaneceu em R$ 3,89 por dólar, segundo previsão de analistas de instituições financeiras divulgada por meio de boletim de mercado pelo Banco Central nesta segunda. Para o fechamento de 2019, ficou estável em R$ 3,83 por dólar.
Com informação do G1