O prefeito João Doria (PSDB) firmou uma parceria com taxistas para que denunciem pichadores em ação na cidade de São Paulo. Em mais um episódio da guerra contra o grupo, o prefeito também divulgou o valor da multa que poderá ser paga para quem for pego pichando monumentos, prédios públicos e privados: R$ 5 mil. O projeto deve ser apresentado na próxima semana na Câmara Municipal.

“Assinamos um acordo com o Sindicato dos Taxistas. A partir de 1º de fevereiro, serão 38 mil que poderão acionar a Guarda Civil Metropolitana, dia ou noite, quando virem nas ruas alguém pichando muros, casas ou monumentos”, disse Doria.

De acordo com ele, só neste sábado, 28, foram detidos sete pichadores na cidade. Até esta sexta-feira, 27, já havia 26 presos.

Esta é mais uma investida do governo municipal para evitar pichações na cidade. Na sexta, a Prefeitura de São Paulo anunciou que entrará com ações civis públicas na Justiça contra as pessoas presas em flagrante neste mês por pichar prédios e monumentos públicos na capital paulista. Com praticamente um caso por dia, o objetivo será o ressarcimento dos danos causados e o pagamento de multas. Após pichações no aniversário de São Paulo, o prefeito havia prometido “endurecer” com os autores e manter as ações de limpeza, que ainda motivam protestos.

Para evitar que os pichadores detidos voltem a agir, a Prefeitura também pedirá à Justiça a concessão de liminares impondo multas para quem for flagrado danificando novamente os bens públicos, como revelou o Estado. As ações civis públicas, que devem começar a ser protocoladas na próxima semana, terão como base a Lei Federal 7.347/85. Os processos criminais relativos aos crimes praticados pelos pichadores ainda correrão paralelamente.

Outra novidade anunciada por Doria é a criação de uma espécie de um jardim vertical na Avenida 23 de Maio, onde grafites foram apagados pela atual gestão, para transformar o local, segundo o prefeito, no “maior corredor verde da América Latina”. “Será implantado gradualmente em uma resposta a esses pichadores maldosos que querem mal à cidade. Verde é cor, vida e cidade  também”, disse.

Com informações O Estado de São Paulo