Presidente da República Jair Bolsonaro, acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, durante audiência com o ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos Henry "Hank" Paulson, em Washington (EUA).

O presidente Jair Bolsonaro comentou nesta segunda-feira (1º) a reação de palestinos sobre a decisão do governo de abrir um escritório comercial do Brasil em Jerusalém.

Neste domingo (31), após o anúncio da abertura do escritório, a Autoridade Palestina afirmou que vai chamar de volta seu embaixador no Brasil para consultas e para estudar uma resposta à medida.

“É direito deles reclamar”, disse Bolsonaro após ser questionado sobre o tema por jornalistas que acompanham a viagem do presidente a Israel.

“A gente não quer ofender ninguém. Agora, queremos que respeitem a nossa autonomia”, completou.

Assim que foi eleito, em novembro do ano passado, o presidente afirmou que transferiria a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.

O gesto desagradaria palestinos, que reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado. Israel, por outro lado, considera Jerusalém a “capital eterna e indivisível” do país. Jerusalém não é reconhecida internacionalmente como a capital israelense.

Bolsonaro foi alertado de que a transferência da embaixada poderia afetar as exportações brasileiras, principalmente de carne, para países árabes. Com isso, o presidente ainda não tomou uma decisão final sobre a cidade em que ficará a embaixada.

Ele foi questionado nesta segunda se definiria a mudança da embaixada até o fim de seu mandato.

“Bem antes disso será dada a decisão, pode ter certeza”, respondeu.