16/04/2019 REUTERS/Adriano Machado

Barganha na economia! Após ser aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto de auxílio financeiro do governo federal aos estados e municípios segue em discussão no Senado. A negociação é para que, mediante a ajuda da União, os governadores também façam sua ação em contrapartida de congelar os salários dos servidores públicos estaduais por dois anos. O assunto foi destaque dentro do Bate-Papo político desta quarta-feira (22).

Como consequência da pandemia de covid-19, as empresas têm reduzido drasticamente seu faturamento,enxugado o painel de funcionários ou diminuído os salários. Tais medidas extrapolam o setor privado e chegam ao funcionalismo público, onde os servidores são visados pelo Ministério da Economia como personagens que também devem estar incluídos na cota de sacrifícios.

Para o ministro da economia Paulo Guedes, não seria viável assinar o projeto aprovado na Câmara, pois este não estabelece limites para compensação da União às perdas arrecadatórias dos entes federativos. Segundo os cálculos do governo, o projeto terá impacto de R$ 93 bilhões, caso a perda de arrecadação do ICMS (estadual) e ISS (municipal) seja de 30% na comparação desse ano com o de 2019.

Dentro do Bate-Papo político, o jornalista Beto Almeida comenta que a medida do governo desagrada os trabalhadores, mas que se faz necessária no momento atual: “É duro, ninguém gosta de dizer que não vai ter aumento por um ano, muito mais por dois, mas todo mundo tem que dar sua contrapartida“. O jornalista ainda destaca que o trabalhador da iniciativa privada tem contribuído para o combate a pandemia e por isso é também importante o sacrifício dos servidores públicos. Ele conclui:

“É justo sim, que eles, os servidores públicos, em todos os níveis, também entrem dando sua contribuição. É preciso que todos deem a sua cota de sacrifício, senão fica desigual, não é justo você imaginar só o trabalhador da iniciativa privada pagando e entrando com sua cota de sacrifício e o servidor público não”.