Depois de quase 30 anos, desde o lançamento do Plano Collor II, muitos cearenses ainda aguardam na Justiça decisões para reaver o dinheiro perdido das poupanças daquele período. Para tentar resolver a questão, no dia 31 de maio será realizado, em Fortaleza, um mutirão de adesão ao acordo coletivo de processos envolvendo a temática dos “expurgos inflacionários”, que são demandas ajuizadas por poupadores que protestaram valores perdidos nos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.
Segundo o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), estão agendados 304 processos, de primeiro e segundo graus de jurisdição. Os bancos participantes do mutirão são Banco do Brasil, Bradesco e Itaú. De acordo com a defensoria pública, para se habilitar, um poupador já teria que ter um processo tramitando judicialmente.
Os valores das ações variam de acordo com a quantia que cada pessoa tinha na poupança, bem como o plano econômico vigente na época. Pode ser de R$ 1 mil como R$ 10 mil. A defensoria afirma que para valores de até R$ 5 mil, a pessoa pode receber em até 15 dias. Acima disso, há um sistema para pagar parcelado.