Os números da pesquisa Pnad Contínua apontam, com base nas informações divulgadas, nesta terça-feira, que cresceu a população desocupada em relação ao período de outubro a dezembro de 2018.
Os sinais de recuperação da economia ainda são frágeis e geram angustia para quem está na fila à procura de uma vaga de trabalho. A preocupação se retrata nos números divulgados, nesta terça-feira, pelo IBGE, que mostra o crescimento da taxa de desemprego no primeiro trimestre do ano.
Segundo o IBGE, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), a taxa cresceu para 12,7%, com alta de 1,1 ponto porcentual em relação ao trimestre anterior, de outubro a dezembro de 2018 (11,6%). Houve alta também em relação ao trimestre imediatamente anterior, até fevereiro, que teve taxa de 12,4%. O resultado, porém, foi melhor que o registrado no primeiro trimestre de 2018 (13,1%).
Os dados do IBGE apontam que a população desocupada cresceu 10,2% na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2018 e atingiu 13,4 milhões – o que indica o acréscimo de 1,2 milhão de pessoas desocupadas. De acordo, ainda, com a pesquisa, a renda média real do trabalhador foi de R$ 2.291,00 no trimestre encerrado em março. O resultado representa alta de 1,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Há outra preocupação extraída do levantamento divulgado pelo IBGE: o Brasil tinha 4,843 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em março. O resultado significa 180 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2018. Em um ano, 256 mil pessoas a mais caíram no desalento.
O termo desalentado define o conjunto da população que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
No Ceará
Os números vão ao encontro da matéria publicada no Ceará Agora que, segundo dados do Caged, no Ceará, a quantidade de contratações em relação às demissões terminou negativa em março deste ano. O Estado registrou 4.638 postos formais a menos.
Este é o pior saldo de Março desde 2017, quando foram fechadas 63.624 vagas. No mesmo período do ano passado, o resultado foi positivo, com 56.151 vagas abertas. Em fevereiro, o Brasil havia criado 173.139 empregos formais.
Com isso, o Estado é o terceiro estado do Nordeste em redução de empregos formais.