O fim do auxílio emergencial e os impactos causados pela pandemia do coronavírus aumentaram a pobreza em todo país. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas mostra que, com o fim do auxílio, cerca de 29,5% da população brasileira deve chegar a pobreza. Já a extrema pobreza deve alcançar 9,7%. As regiões mais impactadas são do Norte e Nordeste.
Confira mais informações com o repórter Sátiro Sales:
O assunto foi pauta do Bate-Papo Político desta terça-feira e foi comentado pelos jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida.
“É unânime o sentimento, entre os deputados e senadores, sobre a necessidade de alguma ajuda do Governo Federal para os trabalhadores que perderam o emprego durante a pandemia e não voltaram ao mercado de trabalho, assim como para aquelas pessoas que estão sem a renda do trabalho informal, destacou o jornalista Luzenor de Oliveira.
Beto Almeida destaca que o ponto positivo é que tanto o Governo quanto o Congresso já entendem que é preciso a volta do auxílio para ajudar a população, mas ainda há um desentendimento sobre as regras do benefício.
“O ponto de discordância é que o ministro da economia, Paulo Guedes, continua insistindo que o auxílio emergencial pode ser concedido, mas respeito o limite de teto de gastos e o ajuste fiscal. Já os parlamentares, deputados e senadores, dizem que a questão é urgente, é emergencial, e por isso deve ficar fora do limite de teto de gastos”, comenta Beto Almeida.
Beto Almeida explica que se depender disso, o caminho para volta do auxílio será longo. Isso porque o orçamento ainda não foi aprovado. O jornalista destaca que a situação é emergencial e basta caminhar pelas ruas para perceber os índices de pobreza.
Acompanhe o Bate-Papo na íntegra:
Projetos para novo auxílio
Tramitam, pelo menos, 16 projetos de lei com propostas para reativação do auxílio emergencial. São diferentes conteúdos nesses projetos em termos de valores. A proposta do deputado José Nobre Guimarães (PT), por exemplo, defende que o auxílio emergencial seja estendido por mais três meses com parcelas de R$ 600.
O presidente Jair Bolsonaro sinalizou, nessa segunda-feira (08), a volta do auxílio emergencial, mas não falou em relação a número de parcelas e, muito menos, em relação a valores.