Com o fenômeno El Niño instalado desde junho deste ano, algumas medidas de prevenção climática foram realizadas para discutir e preparar ações para amenizar seus possíveis efeitos no Ceará e demais estados do Nordeste. A partir do cenário, a Agência Nacional das Águas e do Saneamento Básico abriu, pela primeira vez, a Sala de Crise da Região Nordeste para prevenção do fenômeno climático. Nos encontros, serão compartilhados informações técnicas disponíveis sobre a evolução do El Niño, que entre os possíveis impactos estão: a diminuição de chuvas no Ceará no próximo ano e aumento das temperaturas no Estado.

De acordo com a Agência Nacional das Águas e do Saneamento Básico, as articulações serão realizadas mensalmente entre instituições de gestão de recursos hídricos das regiões durante o período de atividade do fenômeno climático, que pode persistir até o fim do ano. Em cada reunião, segundo a Agência Nacional das Águas e do Saneamento Básico, a situação climática e perspectivas futuras serão apresentadas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais e pelo Instituto Nacional de Meteorologia. Também será tratado sobre o panorama da situação dos sistemas hídricos locais.

Neste ano, o Ceará registrou cenário positivo nos reservatórios hídricos. O Estado encerrou a quadra chuvosa de 2023, de fevereiro a maio, com 51% de reserva hídrica, com 71 açudes sangrando. O número que não era observado desde 2009, quando sangraram 111. Atualmente, 11 açudes sangram e 57 estão com volume acima de 90% da capacidade. Os dados são no portal de monitoramento da Cogerh.