O ex-vice-governador Domingos Filho, conselheiro e presidente do extinto Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), descarta entrar na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa, mas admite ser candidato ao Senado ou a governador nas eleições de 2018. Claro, essa hipótese se configura caso a Justiça mantenha a decisão da Assembleia Legislativa que acabou com o TCM.
A possibilidade de candidatura majoritária – seja senador ou governador, será discutida entre os partidos de oposição após esgotadas todas as chances de êxito nas ações movidas para o TCM manter as suas atividades. Hoje, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) já responde pelas atribuições do Tribunal de Contas dos Municípios. Os servidores do TCM já estão recebendo orientação do TCE. Os conselheiros estão em disponibilidade.
O nome de Domingos Filho entrou no campo das especulações sobre uma possível volta à Assembleia Legislativa em função do seu perfil de articulador e, por ter 53 anos, poderia, a partir do mandato parlamentar, reconstruir uma trajetória política para vôos futuros. Ele não pensa assim.
Dentro do grupo político que tem o PMB e o PSD, dois nomes estão postos para o Legislativo estadual: o atual deputado Odilon Aguiar (PSD) e a ex-prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar (PMB). Odilon pode concorrer à reeleição ou declinar da disputa. Com isso, Patrícia entraria, sem conflitos dentro do grupo, para concorrer a um mandato de deputada estadual.
Antes de voltar à Prefeitura de Tauá em 2013, ao suceder o correligionário Odilon Aguiar no cargo, Patrícia exerceu o mandato na Assembleia Legislativa. Ficou na Prefeitura até 31 de dezembro de 2016 após ser derrotada na corrida pela reeleição. Agora, com a agenda voltada para 2018, Patrícia deverá se desligar do PMB. Este site registrou, no mês de julho, que o PMB poderia cair nas mãos dos aliados do Governador Camilo Santana (PT). Patrícia virou o jogo, mas hoje tem dúvidas se deve permanecer no Partido das Mulheres.
As articulações que começam a ser feitas para o PMB mudar de rumos no Ceará deixaram insegurança para os aliados de Domingos Filho. Patrícia chegou a virar o jogo, manteve o comando regional do PMB, mas hoje tem dúvidas se deve permanecer na agremiação. A nova sigla não está definida, mas a opção mais próxima é o PSD, dirigido pelo seu filho e deputado federal Domingos Neto. Domingos Neto exerce o segundo mandato e, em 2018, será candidato à reeleição.