O período de convenções partidárias começou na última sexta-feira,  e com ele, a confirmação sobre quem será  candidato nas eleições deste ano. Pelo menos 11 vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) deverão participar da disputa deste ano, o que representa cerca de 25% da Casa. Até o momento, Célio Studart (SD), Acrísio Sena (PT), Soldado Noélio (Pros), Julierme Sena (Pros), Adail Jr. (PDT), Salmito Filho (PDT), Ziêr Férrer (PDT), Priscila Costa (PRTB), Odécio Carneiro (SD), Guilherme Sampaio (PT) e Plácido Filho (PSDB) apresentaram seus nomes para a disputa. “Estou otimista com a possibilidade de vereadores que estão no mandato possam ser eleitos”, declara Guilherme Sampaio, que deve concorrer a deputado estadual.

De acordo com o parlamentar, a expectativa é que esse ano haja uma renovação expressiva tanto na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (AL-CE) quanto na Câmara dos Deputados, o que abre espaço para que os vereadores tentem ocupar essas vagas. “A minha expectativa é de que todo esse processo político, que está sendo muito debatido, juntamente com a polarização política, vai resultar em uma boa renovação na AL-CE. Até porque os ciclos vão encerrando-se”, diz. Segundo ele, para vereadores com mais tempo de Casa, já há um reconhecimento que se estende para além das divisas do Município.

Já o primeiro vice-presidente da CMFor, Adail Jr. (PDT), que também deve concorrer a deputado estadual, declara que a maior renovação deve ser na bancada federal. Na AL-CE, ele acredita que ela deverá ter menor intensidade. E a quantidade de deputado estaduais que terão suas bases políticas concentradas em Fortaleza também não não deve ter uma ampliação muito grande. De acordo com ele, sempre há vagas na Casa que são ocupadas por ex-vereadores. Atualmente, nove deputados estaduais têm passagens pelo Parlamento da Capital: Capitão Wagner (Pros), Heitor Férrer (SD), Tin Gomes (PDT), Sarto Nogueira (PDT), Ferreira Aragão (PDT), Mário Hélio (Patri), Tomaz Holanda (PPS) e Walter Cavalcante (MDB).

Priscila Costa (PRTB), pré-candidata a deputada federal, atribui a quantidade de parlamentares que vão participar da disputa à crise política pela qual passa o País. “No meio de tantos escândalos e decepções, agitou-se o cenário político. Mais pessoas passam a acreditar na renovação”, avalia a vereadora. E, nesse cenário, ela aponta que muitos dos parlamentares creem que poderiam contribuir para essa troca de lideranças. “É o que eu posso fazer, o que está ao meu alcance. Em Brasília, vemos tantas pessoas que não fizeram a diferença e o que poderia ser feito…”, explica. Costa, ao contrário de Sampaio, destaca a quantidade de vereadores em primeiro mandato que devem participar da eleição deste ano, um total de pelo menos cinco: Célio Studart, Soldado Noélio, Julierme Sena, Odécio Carneiro e ela própria.

Há, entretanto, quem tenha outros motivos para tentar trocar de casa legislativa. Julierme Sena, por exemplo, atribui o desejo a uma demanda de sua base parlamentar, formada principalmente por policiais civis. Segundo ele, pré-candidato a deputado federal, a CMFor não é o melhor espaço para lutar por seus colegas de profissão. “Há a questão da representatividade política. Represento uma categoria cuja plataforma ideal seria a nível estadual ou federal”, diz o vereador.

Entre os pré-candidatos que se apresentaram para a disputa, pelo menos uma retirou seu nome. Larissa Gaspar (PPL), que deveria concorrer a deputada federal, desistiu da ideia “por compreender que o nosso mandato aqui na CMFor cumpre um papel muito importante”. Ela afirma que não queria correr o risco de diminuir a intensidade dos trabalhos na Casa para poder conduzir uma campanha.

Em 2014, três vereadores deixaram a CMFor após serem eleitos para outros cargos. Capitão Wagner e Walter Cavalcante tornaram-se deputados estaduais enquanto Vitor Valim (Pros) virou deputado federal. Na eleição municipal de 2016, a eleição de Moroni Torgan (DEM) para vice-prefeito e sua renúncia do posto de deputado federal levou o então vereador e suplente Vaidon Oliveira (Pros) para Brasília.

Com informações Edison Silva