O ano de 2020 será marcado pelas eleições municipais, onde os cearenses dos 184 municípios do Estado devem ir às urnas para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Novas regras marcarão o pleito e a disputa pelas Câmaras municipais e prefeituras é um assunto que já mobiliza lideranças políticas e partidárias.
No Bate Papo Político do Jornal Alerta Geral desta segunda-feira (13), os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida discutiram sobre as novas regras para as eleições desde ano e sobre as articulações políticas que já se iniciaram.
Neste ano, o pleito terá regras novas em razão da popularização das redes sociais e de problemas identificados pela Justiça Eleitoral. A principal alteração se refere às campanhas pela internet e às fake news. Apesar de a votação ocorrer apenas em outubro, o lançamento de pré-candidatos está autorizado, e políticos e partidos devem observar as regras para não infringirem a legislação.
Confira mais informações com o repórter do Jornal Alerta Geral, Matheus Lima:
As discussões sobre os temas relacionados às eleições deste ano irão entrar mais intensamente no cotidiano dos cearenses à medida que o pleito se aproximar. Luzenor destaca que desde já as articulações para escolha de candidatos já foram iniciada e as mobilizações já começam a acontecer.
Candidatos também já sinalizam uma movimentação em direção a disputa pelo comando da capital, como por exemplo, o deputado federal Capitão Wagner, que já está construindo um palanque mais amplo na corrida pela sucessão do atual prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.
Beto ressalta que os candidatos devem ter atenção ao calendário eleitoral e ficarem alerta para as condições de viabilidade eleitoral diante da realidade de cada um. O jornalista usa também o exemplo da mobilização do Capitão Wagner para apontar que o deputado tem a preocupação de formar uma chapa com partidos que lhe deem “tempo, dinheiro e apoio político”.
Disputas no interior
A disputa em Juazeiro do Norte gera expectativas em relação a permanência ou a saída do atual prefeito no município, Arnon Bezerra, que pode vir a concorrer à reeleição para continuar à frente da prefeitura de Juazeiro.
Arnon enfrentou denúncias ao longo dos 3 anos do primeiro mandato por suposto uso da máquina pública para eleger, em 2018, o próprio filho para Câmara Federal. O prefeito de Juazeiro que também encerrou o exercício de 2019 com descontrole financeiro na área da saúde do município, terá que brigar na Justiça para tentar a reeleição.
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Sobre a possível inelegibilidade de Arnon para as eleições deste ano, Beto, salienta que a situação não ocorre apenas pelo fato de Arnon ter assumido a prefeitura de Juazeiro após seu irmão, Luiz Ivan (ex-prefeito de Juazeiro do Norte), que era vice-prefeito do município, ter assumido a prefeitura antes dele, mas também pelo desgaste político que Arnon tem enfrentado.
Confira mais informações com o correspondente do Jornal Alerta Geral, Sátiro Sales:
“A questão da inelegibilidade surge a partir deste questionamento, que com certeza Arnon terá que enfrentar para poder ter sua candidatura viabilizada. Como se não bastasse esse problema que é de ordem legal, ainda tem os problemas de natureza política e administrativa que infernizam o dia a dia do atual prefeito Arnon Bezerra”, afirma Beto.
Aliança pelo Brasil: corrida pela criação de novo partido
A corrida em direção às eleições de 2020 não acontece apenas em âmbito estadual, mas também se estende a nível nacional. Em busca da viabilização para a criação de um novo partido, aliados de Bolsonaro querem trazer o presidente ao Ceará para fortalecer a campanha de coleta de assinaturas para criação do Aliança pelo Brasil.
Bolsonaro quer ajudar os aliados a conseguirem, até o início do mês de março, as 491,9 mil assinaturas para viabilizar o registro do partido, Aliança pelo Brasil, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Confira mais informações com o correspondente do Jornal Alerta Geral, Carlos Silva:
Para Luzenor a ansiedade marca a mobilização dos militantes ligados ao presidente Bolsonaro, que aguardam a viabilização do partido até o mês de março ou abril pelo TSE para que a nova sigla possa entrar na corrida pelas prefeituras e câmaras municipais neste ano.
“No Ceará, os que apoiaram o então candidato e hoje, presidente Jair Bolsonaro, querem disputar as prefeituras. Claro, tem esse obstáculo sobre a agenda do Tribunal Superior Eleitoral, embora outra agenda que antecipe essa decisão do TSE, que é a mobilização pela coleta das 491 mil assinaturas em 9 estados não tem tantas dificuldades porque a rede de apoio ao atual governo é grande e com isso a mobilização se torna menos difícil”, aponta Luzenor.
Beto enfatiza que o presidente precisa coletar as assinaturas em 21 estados, sendo o mínimo 9 estados. “A expectativa deles é que os eventos sejam realizados para a coleta de assinaturas em 21 estados. Significa dizer que apesar de toda essa capilaridade que o presidente Bolsonaro tem, a simpatia de seus seguidores não é fácil”, destaca o jornalista.
Confira na íntegra o Bate Papo Político do Jornal Alerta Geral: