Para garantir a segurança do processo eleitoral, as urnas eletrônicas passam por diversos testes, que são realizados antes das eleições e também no próprio dia do pleito. Um desses procedimentos é a auditoria da urna na seção eleitoral, que acontece horas antes do início da votação. Ele consiste na verificação da integridade e autenticidade dos sistemas utilizados. Neste ano será a segunda vez em que essa modalidade de auditoria, prevista na resolução TSE 23.603/19 será realizada. 

Na véspera do pleito, tanto no primeiro quanto no segundo turno, são sorteadas dez seções eleitorais com urnas já preparadas para a eleição. Após o sorteio, o presidente da Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica comunica ao juiz da zona eleitoral correspondente, que será o responsável pela condução dos trabalhos da auditoria. Partidos políticos, representantes da OAB e do Ministério Público são convocados para, no dia da eleição, acompanhem a auditoria da urna eletrônica na seção sorteada, que é realizada minutos antes do início da votação.

Antes mesmo da emissão da zerésima, que é o relatório que traz a identificação da urna e comprova que nela estão registrados todos os candidatos sem haver votos computados para nenhum deles, o juiz determina que sejam realizados os seguintes procedimentos: exame do comprovante de carga, para verificar que se trata da urna da seção eleitoral sorteada, rompimento do lacre do compartimento da mídia de resultado, e retirada do cartão de memória nela inserido. A mídia de resultado é um cartão de memória onde é armazenado o resultado da votação.

Por fim, verificam-se as assinaturas e os resumos digitais pelo programa do TSE. Concluída a verificação da assinatura, é impresso o relatório para verificação da integridade dos sistemas. As mídias de acionamento dos sistemas de verificação são então retiradas e a mídia de resultado é inserida no compartimento, que será novamente lacrado, para que a seção eleitoral possa dar início à votação normalmente.