Cerca de 15 mil advogados no Ceará – é o número estimado dos que estão regulares – vão às urnas, no próximo dia 28, para escolher uma das cinco chapas que concorrem à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Ceará (OAB/CE). Até lá, a campanha vai ser acirrada, tanto em Fortaleza quanto no interior do Estado, uma vez que está em jogo o comando de uma das mais conceituadas – e ricas – entidades do Ceará. Por isso, estão sendo esperadas acusações e denúncias (muitas delas fakes) e, com certeza, as mídias sociais vão ser amplamente utilizadas.

     Cinco candidatos concorrem este ano – pelo menos até agora – à presidência das OAB cearense: Erinaldo Dantas, atual presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Ceará (Caace); a advogada Roberta Vasques, que até há pouco tempo era vice-presidente da Entidade comandada por Marcelo Mota (ele desistiu de tentar a reeleição); Regina Jansen, que integra atual diretoria da Ordem, e Luiz Antônio Lima, presidente do Parlamento da Cidadania – a última candidatura anunciada antes de concluir o presente artigo -, e Edson Santana. Nos bastidores, nas conversas entre os advogados, existe um debate sobre quem, de fato, é situação e oposição e as propostas de cada um.

     Sem qualquer esforço, imediatamente vem a resposta: o presidente da Caace, Erinaldo Dantas, é o candidato declarado da situação, já que tem total apoio do atual presidente da OAB/CE, Marcelo Mota. É a primeira leitura: a mais óbvia. No entanto, a dúvida é se Roberta Vasques, que conta, inclusive, com o apoio do irmão, o conhecido advogado Leandro Vasques, é realmente de oposição. Ela tem declarado que sim, que é o nome que vai oxigenar a OAB. Mas, muitos não têm essa mesma leitura, já que recentemente ela ocupava, como já dito, a vice-presidência da Ordem e, repentinamente, deixou o cargo para ser candidata. Regina Jansen é atual presidente da Comissão de Direito Previdenciário da OAB/Ceará. Luiz Antônio diz ser oposição. Há quem afirme que Erinaldo, Roberta e Regina são situação.

    Correndo por fora e fechando a lista dos cinco que disputam à presidência da OAB/Ceará, está o incansável e persistente advogado Edson Santana, que concorre, pela terceira vez, ao posto maior da Ordem. Ele garante ser, na verdade, candidato de fato de oposição. Talvez por isso mesmo esteja recebendo apoio de peso, como de Júlio Pontes e de muitos outros. Aliás, no pleito passado, Edson e Júlio, então candidatos, receberam mais votos do que a chapa eleita…Santana tem focado muito em uma ideia: devolver a OAB a “dignidade perdida”, como costuma frisar.

Pádua Martins – Jornalista.