A decisão do centrão de apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) é atribuída principalmente à posição de Valdemar Costa Neto, cacique do PR, que já foi preso no processo do mensalão. Valdemar não compareceu ao evento que anunciou a adesão de cinco partidos (DEM, PR, PP, PRB e SD), mas a mesa da entrevista que formalizou o apoio estava repleta de denunciados e investigados. O próprio candidato, aliás, ainda tem uma pendência a esclarecer em uma investigação decorrente da Lava-Jato que foi enviada à Justiça Eleitoral sobre acusação de prática de caixa dois.
Do lado esquerdo de Alckmin no anúncio estava o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI). Ele já foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a acusação de recebimento de propina e responde a outros inquéritos. Recentemente foi alvo de uma operação da Polícia Federal, acusado de obstrução de Justiça. Nesse caso, a acusação é que Ciro Nogueira estaria envolvido em uma ameaça de morte a um ex-assessor que confessou a prática de crimes junto com o senador.
Paulinho da Força, presidente do SD, é outro que foi alvo da Polícia Federal neste ano. Ele está sob investigação na Operação Registro Espúrio que apura fraudes em registros sindicais no Ministério do Trabalho. Ele também é investigado por acusações feitas na delação da Odebrecht.
Presidente do PRB, o ex-ministro Marcos Pereira também participou do anúncio. Ele é investigado com base nas delações da Odebrecht e da JBS sob a acusação de receber propina. Pereira foi gravado por Joesley Batista acertando repasse de dinheiro
Com informações O Globo