Um alerta para os animais que vivem nos mares cearenses. Entre 2016 e 2018, 170 mamíferos e 107 tartarugas foram localizados na orla, entre eles os botos-cinzas, espécie ameaçada de extinção. A cidade com a maior ocorrência de encalhes dos botos é Fortaleza, onde a prática da pesca e a poluição das águas favorecem os incidentes.
A Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) registrou 29 espécies de animais marinhos encalhados nos últimos anos. De acordo com a associação, deste 25 são mamíferos. Já o Instituto Verdeluz contabilizou quatro espécies de tartarugas marinhas encontradas na costa cearense.
Só neste ano, 22 animais da ordem dos cetáceos, que são os mamíferos marinhos, já foram resgatados. Destes, 21 estavam sem vida. Quando encontrados sem vida, os animais mortos ficam sem destino. A Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) e a Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace) afirmaram que não possuem competência necessária para tratar de assuntos envolvendo fauna silvestre. Por meio de assessoria de imprensa, a Semace divulgou que trata da prevenção de crimes ambientais, mas que não é demanda do órgão retirar o animal morto do local.