A Covaxin, vacina contra Covid-19 da empresa indiana Bharat Biotech, é 80,6% eficaz na prevenção de casos sintomáticos da doença, mostraram dados preliminares de um estudo clínico em larga escala de fase 3 divulgado nesta quarta-feira.

O Ministério da Saúde brasileiro informou na última quinta-feira que comprou 20 milhões de doses da vacina Covaxin da Precisa Medicamentos/ Bharat Biotech. Segundo a pasta, o investimento é de R$ 1,6 bilhão na vacina produz. A decisão, no entanto causou controvérsia pois a vacina foi, de acordo com especialistas, aprovada na Índia de forma controversa já que não haviam dados de eficácia de estágio final. Somente 11% dos mais de 10 milhões de indianos vacinados receberam o imunizante.

O estudo divulgado agora foi realizado pelo órgão de pesquisa médica do governo da Índia e envolveu 25.800 voluntários, sendo 2.433 participantes com mais de 60 anos e 4.500 portadores de comorbidades. Desse total, foram registrados 43 casos de Covid-19. Para encontrar a taxa de eficácia de 80,6%, a análise dos dados preliminares considerou que, dos 43 casos de infecção ocorridos em todo o grupo, 36 ocorreram em voluntários que receberam o placebo e 7 casos entre os que receberam a Covaxin.

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A análise preliminar também mostrou que efeitos adversos graves, sérios e que precisaram de atendimento médico “ocorreram em níveis baixos e foram equilibrados entre os grupos vacina e placebo”, disse a Bharat.

Covaxin no Brasil

No Brasil, segundo o ministério, as primeiras 8 milhões de doses do imunizante devem começar a chegar já no mês de março, em dois lotes de 4 milhões a serem entregues entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato. Em abril, o Governo Federal espera receber outras 8 milhões de doses de imunizantes importados da Índia, no prazo de 45 e 60 dias após oficialização.

(*) Com informações Reuters