Dirigir depois de beber ainda é um hábito de grande parte dos motoristas brasileiros. Mas em Fortaleza esse cenário está mudando. Entre 2011 e 2017, o número de motoristas que dirigem sob o efeito do álcool caiu 21%. De acordo com o coordenador-geral de Saúde Mental Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, Quirino Cordeiro, a combinação álcool e volante não deve existir em nenhum momento.
“ Quando se vai manejar um veículo, o que se preconiza é que não se faça uso substâncias. Não existe uma dose adequada, uma dose segura que se possa utilizar antes ou durante o ato de dirigir. Não se pode – em hipótese alguma – utilizar álcool, mesmo e quantidades pequenas, antes de dirigir. Pelo aumento importante do risco de ser envolver em acidentes automobilísticos”.
As chances de se envolver em acidentes ao dirigir sob o efeito do álcool aumentam porque o consumo dessa substância age diretamente no sistema nervoso central e reduz reflexos e coordenação motora, além de desinibir o comportamento – ou seja, dar a sensação de que se pode fazer tudo. Justamente o contrário do necessário para dirigir que é atenção, bons reflexos e comportamento cauteloso. É por isso que o empreendedor Thiago Lima, de 29 anos, sempre encontra uma forma de não dirigir depois de beber.
“Quando a gente sai numa galera, tentamos primeiramente entrar num acordo pra um de nós não beber pra retornar dirigindo, né? Caso não entrarmos no acordo, acabamos usando um aplicativo que também é bem seguro pra nós como passageiros. Então essa é a grande estratégia nossa e a grande responsabilidade que temos aí com o próximo e com o trânsito”.
No Brasil os homens que bebem antes de dirigir representam mais de 11% da população , enquanto que as mulheres não chegam a 3 %. A boa notícia é que houve uma redução de quase 3% das mortes no trânsito em todo o país.
Agência do Rádio Mais