O Brasil abriu 184.140 vagas de emprego com carteira assinada em março, apontam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, Caged, divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Ministério da Economia. Os números são resultado de 1.608.007 admissões e de 1.423.867 demissões.
Já no Ceará, os dados não foram tão bons. O estado registrou mais demissões do que novos postos de emprego. Foram 1,5 mil vagas perdidas no mês de março. O saldo é resultado da diferença entre 34,7 mil admissões e 36,3 mil desligamentos. Dessa forma, cerca de 1,19 milhão de cearenses estão trabalhando com carteira assinada.
O total de empregos com carteira no país somou 40.200.042 em março, o que representa uma variação de 0,46% em relação ao mês anterior. Em fevereiro, foram abertas 395.166 vagas, segundo dados revisados.
No acumulado do ano, foi registrado saldo de 837.074 empregos, decorrente de 4.940.568 contratações e de 4.103.494 demissões (com ajustes até março de 2021).
No ano passado, o governo ofereceu complementação de renda a trabalhadores que tiveram seus contratos de trabalhos temporariamente suspensos ou sofreram redução de jornada e salários durante a pandemia do novo coronavírus. Os trabalhadores do programa ganharam estabilidade por período igual ao da suspensão do contrato ou da redução do salário.
O programa, que havia terminado em dezembro, foi reeditado pelo governo, o que permite às empresas uma nova rodada de redução de jornadas e salários.
Todos os 5 setores tiveram saldo positivo
Os dados do Caged de março apontam saldo positivo no nível de emprego nos cinco grupos de atividade econômica.
- Serviços: (+95.553 postos)
- Indústria: (+42.150 postos)
- Construção: (+25.020 postos)
- Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+17.986 postos)
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: (+3.535 postos)
Regiões
Ainda de acordo com os dados, houve saldo positivo na geração de empregos formais nas cinco regiões brasileiras:
- Sudeste (+103.935 postos, +0,5%)
- Sul (+49.998 postos, +0,66%)
- Centro-Oeste (+16.559 postos, +0.49%)
- Norte (+8.944 postos, +0,48%)
- Nordeste (+4.790 postos, +0,07%)
Aumento de 3,5% nos salários de admissão
O Caged ainda trouxe outros detalhes como:
- o salário médio de admissão em março foi de R$ 1.802,65 –comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 60,76, o que representa uma variação de 3,49%.
- em março, houve 18.423 admissões e 12.897 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo positivo de 5.526 empregos
Setor de serviços ‘se levantou’, diz Guedes
Em um discurso transmitido pelas redes sociais após a divulgação dos dados, o ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou o resultado do Caged em março.
“Excelentes notícias novamente no front da economia. Todos os setores e regiões criaram empregos. Ao contrário da primeira onda [da covid-19], que nos atingiu ano passado e destruiu 276 mil empregos em março, a nossa reação à segunda onda foi a criação de 184 mil novos empregos no setor formal”, afirmou.
Guedes ressaltou o desempenho positivo do setor de serviços, que, segundo ele, foi o “mais golpeado” durante a pandemia e “se levantou”.
“O setor de serviços foi o grande destaque. Praticamente metade dos empregos foi criada no setor serviços. O último setor que estava no chão se levantou”, afirmou.
(*) Com informações Uol