O número de trabalhadores desalentados cresceu 17,8 por cento em um ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, divulgados nessa quinta-feira. O percentual mostra que 4 milhões e 800 mil de trabalhadores estavam no desalento, ou seja, desistiram de procurar emprego, entre maio e julho deste ano. Em igual período do ano passado, este número era de 4 milhões e 100 mil.

O aumento do percentual de desalentados vai na contramão da queda da taxa de desemprego para 12,3 por cento em julho o número de trabalhadores desalentados — que não estão trabalhando mas não procuram emprego porque acreditam que não conseguirão uma vaga — cresceu 17,8 por cento em um ano. Com isso, o percentual de brasileiros desalentados na força de trabalho ficou em 4,4 por cento. Um ano atrás, esse percentual era de 3,8 por cento.

Especialistas avaliam que o desemprego elevado por muito tempo tem empurrado mais trabalhadores para o desalento. Muitos desistem de procurar um emprego porque não conseguem sequer cobrir as despesas de transporte e outros custos para buscar uma vaga. E o número de desalentados não inclui quem está na informalidade, vivendo de bicos.