Com vários setores sendo afetados pelas restrições impostas pelas autoridades de saúde, como forma de evitar o alastramento do vírus da Covid-19, os empregos formais foram fortemente ameaçados e as taxas de desemprego bateram recordes, chegando a alcançar o número de 13,4 milhões de brasileiros desempregados, em 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante desse cenário, empreender foi a saída que muitos encontraram para continuar mantendo suas despesas e driblar a crise.

De janeiro a setembro do ano passado, o número de microempreendedores individuais (MEIs) no país cresceu 14,8%, na comparação com o mesmo período de 2019, chegando a 10,9 milhões de registros, segundo dados do Portal do Empreendedor, do Governo Federal. Já em dezembro de 2020, as estatísticas apontavam 11.316.853 de MEI’s registrados, num crescimento de 13,23%. No total, foram 1,49 milhão de novas formalizações entre março e dezembro de 2020.

Com o distanciamento social e a necessidade de novos formatos para fazer com que os negócios obtivessem êxito, a internet se consolidou como principal meio de venda de produtos ou serviços.  De acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em 2020, o crescimento no setor de vendas online foi de 68%. Segundo a instituição, as restrições e o fechamento do comércio físico fizeram com que o consumo virtual tivesse um faturamento de R$ 126,3 bilhões, frente aos R$ 75,1 bilhões registrados em 2019.

Os pedidos feitos pela internet, em 2020, atingiram o número de 301 milhões, segundo a ABComm. Para 2021, a projeção da entidade é que o comércio online continue crescendo gradativamente e atinja os 18% de avanço no faturamento do comércio eletrônico.

Porém, marcar presença nos canais digitais, como as redes sociais ou aplicativos, não é suficiente para atrair o interesse dos consumidores. É preciso engajar, converter e manter a base de público, investindo em estratégias de marketing digital. Mesmo sem contar com uma equipe de especialistas no tema e sem ser um profissional da área, é possível fazer uso de alguns conceitos básicos do marketing digital e aplicar dicas valiosas que ajudam a reforçar o relacionamento com o público, gerar audiência e tornar a empresa reconhecida no mercado.

Crescimento do Marketing Digital

A Trilha Florescer, programa de empreendedorismo feminino promovido pela Somos Um – Negócio de Impacto Social, em Fortaleza, conta com módulos específicos que abordam do marketing tradicional ao digital, explorando ferramentas e estratégias muito acessíveis, como as redes sociais, por exemplo.

Para Rafael David, publicitário e facilitador da Trilha Florescer, o marketing digital traz importantes benefícios para pequenas empresas, como a otimização de custos, proximidade com o cliente, personalização, fornece importantes informações sobre a saúde dos negócios, além de ter um ótimo custo-benefício.

“Cada vez mais, quando querem comprar algo, as pessoas têm procurado referências na internet, como forma de ajuda na tomada de decisão. Elas buscam detalhes sobre produtos ou sobre as empresas, comparando preços, consultando opiniões de outros usuários nas redes sociais. Sem contar que elas também procuram cada vez mais praticidade e, principalmente, depois da pandemia, aderiram de vez às compras online. Por isso, mais do que estar presente neste ambiente, o conteúdo gerado pelas empresas nas plataformas digitais deve levar um valor real para o seu público. É importante que ele seja relevante, criativo e atenda às demandas de cada público”, explica Rafael.

Todo esse conteúdo é estudado e aprofundado durante a Trilha Florescer. Os módulos são encerrados com aulas ao vivo, em que as participantes partilham suas experiências com o marketing digital, tiram suas dúvidas e aprendem mais sobre as estratégias de vendas nos canais on-line para impulsionar seus negócios.