Os excessos têm um alto custo: seja na vida pessoal, profissional ou comercial. Na área pública, esse conceito, também, é aplicado. Quando os gestores deixam contas e gastos para os sucessores, alguém sempre é chamado para tapar o buraco.  O exemplo da má gestão, da má aplicação do dinheiro público, são as empresas estatais. O pior exemplo está na Empresa de Correios e Telegrafos (ECT), que enfrenta atualmente a pior fase de sua história. A ECT brasileira se destacou, nos anos 90, como uma das melhores empresas de correios do mundo. A realidade, hoje, porém, é outra. Uma realidade dura e triste para os brasileiros e, principalmente, para os funcionários dos Correios. Há um agravante ainda maior na triste página das empresas estatais, como acontece na ECT: os sucessivos casos de corrupção, o loteamento político de cargos e investimentos desastrosos em projetos sem rentabilidade contribuem para essas empresas afundarem. Quando afundam, um dos caminhos é a redução de custos, com a  redução do número de funcionários.   Com um rombo de 4 bilhões de reais acumulados nos últimos anos, a Empresa de  Correios e Telégrafos poderá demitir, pelo menos, 25 mil trabalhadores para fechar o ano de 2017 com as contas em dia. Em 10 anos, a ECT deixou a gloriosa posição de uma das melhores empresas para uma das piores empresas do mundo.

EDITORIAL-LUZENOR