O comando do ‘União Brasil’ no Ceará pode ser definido, nesta segunda-feira, em Fortaleza, durante encontro do presidente da Executiva Nacional do PSL, Luciano Bivar, com o senador Chiquinho Feitosa (DEM) e o deputado federal Capitão Wagner (PROS). Chiquinho e Wagner travam uma queda de bastidores para saber quem terá o controle do novo partido que surge da fusão entre PSL e DEM.

O ‘União Brasil’ reunirá  pelo menos 81 deputados federais e terá, nas eleições de 2022, o maior tempo da propaganda de rádio e televisão e o maior fundo eleitoral entre todas as siglas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A fusão do PSL com o DEM foi oficializada no mês de outubro e a expectativa é que, até o final de dezembro, o TSE homologue o registro do novo partido.

QUEDA DE BRAÇO: WAGNER X CHIQUINHO

As lideranças nacionais do PSL e DEM  costuraram entendimentos para a definição dos grupos que ficarão à frente dos diretórios regionais da nova sigla, mas encontraram no Ceará o ambiente de maior acirramento na briga pelo controle do União Brasil. O expressivo volume de recursos para a campanha e os preciosos minutos na propaganda eleitoral do rádio e da televisão podem levar o novo partido a ser decisivo na corrida pelo Palácio da Abolição.

Lançado pré-candidato ao Governo do Estado pelo presidente Jair Bolsonaro, o Capitão Wagner é filiado ao PROS, terá o apoio do PL, do Podemos e do Republicanos e trabalha para se transferir para o União Brasil. Se levar o União Brasil, Wagner coloca o pé no segundo turno da disputa pelo Governo do Estado.

O senador Chiquinho Feitosa não está de braços cruzados e já apresentou aos presidentes nacionais do PSL, Luciano Bivar, e do DEM, ACM Neto, aliados que irão se filiar ao União Brasil para concorrer, em 2022,   à Câmara Federal. O mapa desenhado por Bivar e ACM Neto exige que, nos estados, o ‘União Brasil’ ficará nas mãos dos grupos que mais demonstrarem força para eleger deputados federais.

O novo comando nacional do ‘União Brasil’ quer, com uma forte bancada na Câmara Federal, manter o bom volume de recursos dos fundos partidário e eleitoral e, ao mesmo tempo, mostrar força no Congresso Nacional para participar do novo Governo.