Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A equipe de transição do Governo do presidente eleito Lula recebeu informações sobre o número elevado de pedidos de benefícios sem análise, a demora para concessão de aposentadorias e auxílios, a defasagem no quadro de pessoal e a necessidade urgente de realização de concurso para diminuir o déficit nos quadros de pessoal do INSS.

Ao longo dos últimos 10 anos, a previdência social perdeu mais de 20 mil servidores. Muitos deixaram o órgão, enquanto a maioria desse contingente se aposentou. O enxugamento da máquina administrativa emperra o atendimento de beneficiários e segurados. Uma das alternativas é a realização de concurso com a abertura de um número expressivo de vagas. Outro caminho é a ampliação dos serviços digitais, mas sem deixar de lado a recuperação do quadro de pessoal.


Com o diagnóstico da situação atual do INSS, a equipe de transição apresentará ao presidente Lula, entre as muitas propostas para melhoria do atendimento, a realização de concurso público. O atual Governo abriu concurso para o preenchimento de 1.000 vagas, mas o número já está defasado uma vez que, entre o anúncio e a realização do certame, centenas de servidores pediram aposentadoria.

A avaliação nos bastidores da previdência social é que a contratação de mil técnicos não atende à reivindicação do próprio INSS, que havia recebido pedido ao Ministério da Economia para autorização de um concurso que ofertasse, pelo menos, 7.500 vagas (para técnicos e analistas).


O diagnóstico feito por especialistas da área previdenciária aponta que a defasagem de mão de obra supera os 23 mil servidores. Sem técnicos suficientes, as filas com pedidos de benefícios crescem e, hoje, chegam perto de 1 milhão e 800 mil pessoas à espera de uma resposta aos protocolos de aposentadorias, pensões, salário maternidade, BPC e auxílio doença.