Os debates sobre o parecer da reforma da previdência devem ser retomados nesta terça-feira (24). Após quase 17 horas de muita discussão no primeiro e segunda dia de intervenções mediadas pela Comissão Especial, os deputados se preparam mais uma vez para colocarem na mesa suas reivindicações sobre a proposta.
Um dos pontos mais criticados pelos parlamentares foi o sistema de capitalização, que obriga os trabalhadores a contribuírem para uma futura aposentadoria sem a certeza de tê-la em condições semelhantes ao modelo do INSS. Embora defendida com veemência pelo ministro Paulo Guedes, o sistema já foi descartado pelo relator Samuel Moreira
O assunto foi destaque no Bate-Papo político desta segunda-feria (24) do Jornal Alerta Geral (Expresso FM 104.3 + 26 emissoras no interior + Redes Sociais). O jornalista Beto Almeida comenta que a proposta de capitalização nem mesmo foi definida pelo governo federal:
A espinha dorsal é a fixação de uma idade mínima que hoje não existe no Brasil, capitalização é algo que o ministro Paulo guedes, mas nem o governo ainda definiu o que é e como vai ser. O que o Paulo guedes propôs inicialmente era algo terrível, ele propunha uma capitalização pura e simples onde o trabalhador é que iria contribuir ao longo de sua vida para formar esse fundo e ele ao fim da vida ele tivesse direito da aposentadoria.
Para o deputado Samuel, a insistência do governo federal em reincluir o sistema de capitalização pode contribuir fortemente para a rejeição total da proposta, portanto, o ideal seria buscar manter as discussões somente na espinha dorsal do projeto.
Dentre os principais temas que compõem a estrutura central do proposta estão a fixação da idade mínima, novas regras para pensão, aposentadoria e acumulação de benefícios. Apesar disso, Samuel garantiu, após os debates, que haverão mudanças no texto por meio de um voto complementar incorporando alterações discutidas nas sessões sobre o seu parecer