Divergências com relação ao valor e também no que diz respeito ao número de pessoas a serem contempladas com o programa Renda Brasil, adiaram o lançamento do mesmo pelo governo federal. O novo sistema foi criado para substituir o Bolsa Família e tem a pretensão de aumentar os atuais R$ 190 reais para até R$ 247 reais destinados aos beneficiários. Os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida repercutiram o assunto dentro do Bate-Papo político desta terça (25).
Para dar sustento ao benefício, o governo também pretende extinguir programas como o abono salarial, o seguro defeso e o programa farmácia popular. “São muitas mudanças que o governo federal quer fazer alem de faltar apoio nesse momento ou mais esclarecimento para os congressistas se convencerem sobre as mudanças nos programas sociais,o governo também tem divergências internas sobre o valor que será definido para cada família”, afirma Luzenor de Oliveira.
Beto Almeida, por sua vez, também critica a decisão do governo de por fim aos programas sociais e tão essenciais para a população mais vulnerável. “O que parecer ser uma boa ideia, começa com um belo ruido de comunicação. No que pretende de fato o governo com o esse programa Renda Brasil. Da maneira como chegou agora é como se o ministro Paulo Guedes estivesse querendo tirar dos pobres para os pobres, é uma espécie de Robin Hood às avessas”, declara Beto.
O jornalista Beto Almeida ainda complementa dizendo que o argumento do governo para extinguir farmácia popular é que os ricos também se beneficiam do programa que deveria atender exclusivamente aqueles que precisam e ter uma situação financeira mais desfavorável. Beto declara que “Quem esta indo hoje, quantos milhões de aposentados, de diosos, de gente em situação vulnerável, não está hoje com a sua saúde em dia por conta desses remédios.”.
Na sequência, o jornalista Luzenor de Oliveira pontua que ao invés de o governo extinguir o programa deveria corrigir a distorção e manter o programa para beneficiar a população mais pobre. “Se tem falha, corrija-se a falha e garanta o benefício para esses trabalhadores da área da pesca que vivem no mar ou em rios e açudes, mas que em determinados períodos precisam ter a pesca suspensa para preservação determinadas espécies”, destaca Luzenor.
Beto almeida também concorda que haja um desvirtuamento e diz que o governo deveria solucionar o problema e não simplesmente extinguir. Luzenor ainda salienta que as mudanças no programa precisam passar pelo congresso nacional e que isso vai gerar mais impasse.
“Quem vai apoiar medida antipática como por exemplo extinção de programas sociais, como esse programa da farmácia popular como seguro defeso, quem é o deputado federal ou senador ? Nenhum!”