O Ceará registrou o maior crescimento em casos de mortes violentas entre os anos de 2016 e 2017 dentre todos os estados brasileiros. No Estado, 5.134 pessoas foram mortas em 2017, enquanto que no ano anterior, 3.457 assassinatos foram registros.

De acordo com o levantamento do G1, no total, o Brasil registrou 59.103 vítimas assassinadas durante o ano passado, o que representa uma morte violenta a cada 9 minutos, em média.

O Ceará foi o estado que teve o maior crescimento de mortes tanto em número absoluto (1.677 mortes a mais em um ano) como percentualmente (48,5%). Foram 5.005 homicídios dolosos, 88 latrocínios e 41 lesões corporais seguidas de morte. A média é de 14 mortes violentas por dia em terras cearenses.

A Secretaria da Segurança do Estado informou que, nos anos de 2015 e 2016, os índices de assassinatos caíram em sequência, registrando queda de 9,5%, em 2015, e 15,2%, em 2016, comparando com os índices dos anos anteriores.

A Pasta comunicou ainda que o aumento registrado em 2017 “também foi contabilizado em outros estados do País, o que corrobora para atribuir esse crescimento a um problemática nacional e não localizada em um estado ou outro”.

“O Ceará tem como prioridade manter a transparência e a confiabilidade dos dados criminais e dar publicidade a eles, seguindo diretrizes da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Governo Federal. Dessa forma, não é legítimo fazer comparação dos dados criminais entre os estados, já que cada estado conta suas mortes utilizando metodologias diferentes”, informou, em nota.

Monitor da violência

Houve um aumento de 2,7% em relação a 2016, quando foram registradas 57.549 vítimas no País. Como parte dos dados de 2017 será revisada e estados como Tocantins e Minas Gerais dizem que o balanço completo não está fechado, a tendência é que esse crescimento seja ainda maior.

Além disso, em muitos estados os casos de morte em decorrência de intervenção policial não entram na conta de homicídios – ou seja, é seguro dizer que a estatística passa dos 60 mil (só no RJ, por exemplo, houve 1.124 casos do tipo no ano passado).

Com informações G1 Ceará