Quando movimentamos o joelho, a pressão nas articulações diminui, permitindo que pequenas bolhas de gás dissolvidas no líquido sinovial se formem e se dissipem, resultando no som característico de estalo, devido a liberação dos gases sinoviais e a menos que estes estalos estejam acompanhados de dor intensa ou instabilidade, não há motivo para se preocupar.
Mas quando é necessário procurar por um médico?
Se o estalo no joelho estiver acompanhado de dor intensa, inchaço significativo, sensação de instabilidade, restrição de movimento ou piora dos sintomas ao longo do tempo, é recomendado procurar atendimento especializado.
De acordo com a fisioterapeuta e diretora clínica do Instituto Trata de Guarulhos, Raquel Silvério, as causas que precisam de atenção, incluem movimento dos tendões e ligamentos sobre estruturas ósseas, desgaste da cartilagem ou até mesmo condições específicas como síndrome da banda iliotibial ou condromalácia patelar e, claro, traumas agudos.
Síndrome da banda iliotibial
“A síndrome da banda iliotibial, por exemplo, está associada à dor lateral no joelho durante a flexão ou extensão, enquanto a condromalácia patelar envolve dor na parte frontal do joelho, que pode ser acompanhada de estalos e piorar ao subir ou descer escadas”, aponta.
Quais são os tipos de lesões mais comuns no joelho e como identificar?
Com relação a lesões, os tópicos mais comuns podem ser lesões da cartilagem da patela que geralmente acontecem por uso excessivo. “Os principais sintomas dessa lesão são dor na parte da frente do joelho acompanhada de estalo, que se torna mais intensa com a realização de movimentos simples e que agravam com movimentos bruscos, como saltar, subir escadas e ajoelhar”, alerta a fisioterapeuta.
Ela também destaca que existe também a possibilidade de uma lesão no menisco, que são as mais comuns entre os atletas e jovens ativos, essas são traumáticas e agudas, geralmente advém de entorses, mas também podem ser comuns em idosos já com a idade avançada.
“É o que chamamos de lesão degenerativa do menisco, que com o envelhecimento, associado ao desgaste progressivo que os meniscos e demais estruturas do joelho, gera a famosa água no joelho”, diz a fisioterapeuta. Os sintomas mais comuns são dores localizadas e intensas, na parte de dentro ou de fora do joelho, dependendo de onde ocorreu a lesão.
Outra lesão comum são as ligamentares, quando o ligamento sofre uma ruptura abrupta, e o que antes servia para estabilizar uma região entre dois ossos, agora causa dor ao agachar e ao cruzar as pernas e, em casos mais graves, pode ocorrer o bloqueio (travamento) da região.
Para identificar se os estalos estão relacionados a essas condições específicas, é importante prestar atenção a outros sintomas e buscar a avaliação de um especialista, lembra a fisioterapeuta.
Qual a melhor opção de tratamento, caso seja algo grave?
“O tratamento para aliviar a dor e melhorar a função do joelho depende da causa específica, mas pode envolver além da fisioterapia, fortalecimento muscular com o auxílio da academia, alongamentos periódicos, medicamentos e, em casos graves, cirurgia”, explica Raquel.
Para quem tem pré-disposição à problemas no joelho, é fundamental buscar maneiras de fortalecer os músculos ao redor da região, como:
- Manter a flexibilidade;
- Fazer exercícios regularmente e da maneira correta;
- Evitar atividades de alto impacto;
- Se manter no peso ideal.
“Além dessas orientações, a fisioterapia preventiva também pode ser benéfica para evitar lesões no joelho, por isso é fundamental fazer um checape com o médico de sua confiança”, recomenda.
(*)Com informação do Jornal CB