O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira, 16, um endurecimento nas restrições aos americanos que viajam a Cuba e apoio ao embargo comercial e financeiro americano à ilha. “Estou cancelando o acordo do governo (do ex-presidente Barack) Obama com Cuba”, disse o republicano.
O republicano anunciou o “cancelamento” da política de Obama, mas se mostrou disposto a negociar um “acordo melhor” com a ilha. Contudo, o fará somente se houver avanços “concretos” com relação à realização de “eleições livres” e a libertação de “políticos presos”. Trump explicou que qualquer mudança nas relações entre EUA e Cuba irá depender do progresso real com relação aos objetivos alcançados.
“Quando os cubanos derem passos concretos, estaremos prontos, preparados e capazes de voltar à mesa para negociar esse acordo, que será muito melhor”, afirmou o líder em Miami, na Flórida. “Com a ajuda de Deus, uma Cuba livre é ao que vamos chegar em breve.”
Trump denunciou também o caráter brutal do regime em Cuba e criticou o acordo assinado por Obama, que “não ajuda aos cubanos e enrique o governo”. “Agora que sou presidente dos EUA denunciarei os crimes do regime de Castro”, afirmou, destacando os sofrimentos dos cubanos “durante cerca de seis décadas”. “Sabemos o que acontece e lembramos o que aconteceu.”
Ele assegurou ainda que convém aos EUA “ter liberdade em nossa região, tanto em Cuba como na Venezuela”. O presidente americano defendeu “um futuro onde as pessoas de cada país possam viver seus sonhos”.
“O regime Castro enviou armas à Coreia do Norte e incentivou o caos na Venezuela”, afirmou, referindo-se aos protestos contra o governo de Caracas que desde o início de abril já deixou mais de 70 mortos.
Trump fez o discurso em um pequeno teatro em Little Havana, em Miami, coração da comunidade de cubanos que fugiram da ilha para os EUA depois da Revolução de 1959.
Com informações O Estado de São Paulo