Em encontro regional do PDT, que contou com lideranças estaduais e locais do partido, neste sábado (20), no município do Russas, o senador Cid Gomes afirmou que tem se empenhado em manter uma aliança partidária entre a sua sigla e o Partido dos Trabalhadores (PT), no Ceará.
Cid disse que teve um encontro com o ex-presidente Lula – a pedido dele – e que conversaram sobre erros, acertos e alianças. O senador cearense disse que “com certeza o partido se identifica mais com o PT do que com Bolsonaro”.
“A meu juízo,(…)nós temos diferenças, mas temos muito mais proximidades. Se perguntarem: Quem é mais próximo, o Bolsonaro ou o Lula? Eu não teria dúvida em dizer que o Lula é mais próximo nosso. Eu voto nulo, mas não voto no Bolsonaro”, afirmou o ex governador do Ceará.
Os dois partidos, que já foram grandes aliados em outros pleitos, hoje vivem uma relação estremecida, causada, principalmente, por criticas do ex Ministro e hoje presidenciável à cadeira presidencial em 2022, Cito Gomes, em relação a Lula. Apesar disso, Cid disse que, tanto ele quanto o próprio Ciro, acreditam que Lula tem um lugar garantido no segundo turno nas próximas eleições.
Cid Gomes também criticou Bolsonaro e disse que o seu grande e constante índice de rejeição se deve ao fato de não ser um político agregador e sim de disseminador ódio entre a população e os poderes.
“Ele é tão beligerante, gosta tanto de confusão, de briga, que parece que ele vive no ‘universozinho’ dele, cativo, que deve ser aproximadamente 20% do eleitorado. É aquele (eleitorado) que acha que o cabra macho deve bater na mulher, que negro é subespécie e deve se conformar com escravidão, que empregada doméstica também é subespécie. Bolsonaro fez com que eles saíssem do armário e defendessem essas posições”, destacou o político.
Para Cid, esse posicionamento de Bolsonaro faz com que , dentro de seu próprio grupo, haja quebras e desfalques, como no caso do ex Ministro da Justiça e ex juiz, Sérgio Moro. Na última semana, Moro se filiou ao Podemos e já declarou que é pré candidato às eleições presidenciais de 2022.
“Era um juiz contratado, teleguiado, para fazer uma sentença para mexer, embaralhar, a sucessão presidencial pra ele depois ser ministro. Pra mim não há critica pior que se possa fazer a um juíz é dizer que ele é parcial”, criticou Gomes.
Além do senador Cid Gomes, estiveram presentes os deputados federais Eduardo Bismarck e André Figueiredo; os deputados estaduais Salmito Filho e o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão; o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio e o prefeito de Russas, Sávio Gurgel.
(*) Com informações da correspondente da FM 98.5, de Russas, Raquel Tavares