Um estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e da Universidade de Pernambuco (UPE) aponta que moradores que residem próximos a parques de energia eólica podem estar sofrendo com problemas de saúde, definidos como síndrome da turbina eólica.
Os problemas, conforme a pesquisa, são gerados pela exposição aos ruídos e aos infrassons. A lista de sintomas tem problemas auditivos, instabilidade no sono, palpitação, estresse, tristeza profunda, cansaço, dificuldades de concentração e aprendizagem, além de náuseas e dores de cabeça.
VONTADE DE MUDAR DE LUGAR
O estudo foi apresentado, no dia 10 de maio, pela pesquisadora Wanessa Gomes, durante reunião promovida pelo Ministério Público Federal da Paraíba, na cidade de João Pessoa, tendo como base a coleta de dados no Sítio Sobradinho, no Município de Caetés, no Estado de Pernambuco, entre os meses de março e dezembro de 2023.
O repórter Carlos Silva, ao participar, nesta segunda-feira (24), do Jornal Alerta Geral, destaca que, segundo a pesquisa, foram monitoradas 83 torres, 105 moradores e, desse contingente, 57% demonstraram vontade em sair do local.
O desinteresse em permanecer na área está relacionado, justamente, a problemas de saúde. E, nesse caso, 70% responderam que, entre os motivos desse sentimento, é por causa das torres de energia eólica, 5% por conta do clima, 5% dificuldade de acesso à saúde, enquanto 20% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.
O estudo em Pernambuco já despertou, também, um sinal amarelo para pesquisas serem feitas em outras áreas de parques eólicos, como, por exemplo, no Ceará.
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