A renovação nas Câmaras de Vereadores e no comando da maior parte das 5.568 cidades brasileiras levou a Confederação Nacional de Municípios (CNM) a publicar um estudo atualizado sobre a quantidade de obras paradas que dependem de recursos federais para serem retomadas ou concluídas.
O repórter Carlos Silva conta, no Jornal Alerta Geral, que são, pelo menos, 9.693 obras paradas em todo o Brasil, sendo 573 no Ceará.
O relatório da CNM aponta que, no Ceará, são, pelo menos, 92 obras paradas na área da habitação, 339 no setor da educação e 104 da área da saúde, além de 35 obras em outras áreas.
Desse total, 106 obras não serão retomadas porque a estrutura física ficou degradada ou por falta de contrapartida dos Municípios.
As obras canceladas estão em 58 cidades do Ceará e custaram aos cofres públicos um montante de R$ 87.926.521. Quando foram licitadas, de acordo com o estudo da CNM, o orçamento era de R$ 150.570.451,00. O estudo aponta, ainda, que, se fossem retomadas, as obras custariam R$ 201.661.712,00.
OBRAS NO MEIO DO CAMINHO
Os prédios começaram a ficar no meio do caminho no ano de 2007 em 3.132 Municípios, representando um montante de recursos contratado/pactuado ou empenhado, com valores corrigidos, da ordem de R$ 63 bilhões e 100 milhões.
Logo após assumir o Ministério d Educação, o ministro Camilo Santana anunciou a retomada de centenas de escolas, creches e quadras esportivas. Muitas dessas obras já foram retomadas, inclusive, em cidades do Ceará.
De acordo com a CNM, a maior parte das obras paradas está na área da educação, com 51% do total, seguidas das obras da habitação (22%) e da saúde (20%). Os dados também mostram que, entre o que foi empenhado e o que foi pago, faltam mais de R$ 17 bilhões e 600 milhões para serem repassados pelo governo federal aos Municípios.