O Brasil precisa priorizar o combate às desigualdades regionais se quiser alcançar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas, ligados diretamente à criança e ao adolescente, indica estudo divulgado nessa terça-feira pela Fundação Abrinq, no Rio de Janeiro.
Dos 17 ODS, dez têm metas diretamente associadas à infância e adolescência. A pesquisa “A Criança e o Adolescente nos ODS – Marco zero dos principais indicadores brasileiros” visa complementar relatório voluntário entregue pelo governo à ONU, na semana passada. Nesse primeiro lançamento, foram selecionados quatro dos dez objetivos: erradicação da pobreza, fome zero, saúde e bem-estar e igualdade de gênero.
No balanço geral, o Brasil cumpriu sete dos oito Objetivos do Milênio, voltados para os países em desenvolvimento, com exceção da meta de redução da mortalidade materna.
A administradora executiva da Abrinq, Heloisa Oliveira, ressaltou que, apesar dos avanços na última década, há regiões do país e grupos sociais cujos dados apontam extrema desigualdade e que são camuflados pela média nacional. Para que os objetivos traçados para 2030 sejam cumpridos, disse ela, todos os grupos sociais e regiões do pais precisam estar incluídos nas metas.