Um estudo aponta que os estados brasileiros têm de se preocupar com a idade dos militares. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revela que 40% do efetivo ativo da Polícia Militar do Ceará (PMCE) e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) irão estar inativos, até o ano de 2026.
O estudo se baseou no quantitativo de policiais e bombeiros militares do fim de 2017, quando o Estado contava com 18.976 servidores ativos e 5.138, inativos. O Ipea desconsiderou ingressos posteriores e projetou a inatividade em intervalos de cinco em cinco anos, a começar por 2021 (perda total de 20%) e terminar em 2046 (perda total de 111%).
As previsões de inatividade dos militares no Ceará são maiores que as médias do País, que teria a perda de 15% do efetivo ativo até 2021; 34% até 2026; e 107% até 2046. No Nordeste, os números do Ceará são maiores que da Bahia, Maranhão e Rio Grande do Norte; e menores ou iguais do que Alagoas, Paraíba (com exceção de 2031 e 2046), Pernambuco, Piauí (com exceção de 2046) e Sergipe (com exceção de 2046).
O Ipea detalha que o militar geralmente passa para a inatividade por meio da Reserva Remunerada, situação transitória na qual ele fica sujeito a ser convocado pelo Estado para retornar à atividade – como aconteceu no Ceará em janeiro deste ano, quando dois mil homens reforçaram a ativa durante a série de ataques criminosos. Mas aqueles servidores considerados “inválidos” ou com certa idade elevada se tornam reformados e não podem mais ser convocados, mesmo em caso de guerra.