Inúmeros estudos já revelaram o poder que a qualidade do sono tem na saúde do ser humano. Em um mundo em que o trabalho e o descanso podem ser inimigos, dormir bem desempenha um papel importante no corpo e na mente de trabalhadores.
Mas agora um novo estudo publicado no Journal of Organisational Behaviour mostrou que uma qualidade de sono mais alta durante os fins de semana está associada a níveis ligeiramente menores de exaustão durante a semana de trabalho.
Pesquisadores da Universidade de Mannheim, na Alemanha, convidaram 310 pessoas empregadas para completar um questionário semanal, respondendo a pesquisas nas segundas e sextas-feiras. Os participantes eram predominantemente mulheres (81%) e tinham em média 41 anos de idade; 55% tinham diploma universitário.
Nas segundas-feiras, elas relataram seu sono durante o fim de semana e o quão dispostas estavam no trabalho; nas sextas-feiras, elas avaliaram seu cansaço da semana de trabalho e desempenho das tarefas.
Resultados mostraram que os participantes tinham uma melhor reintegração ao trabalho na segunda-feira, quando dormiam melhor e “da maneira certa” durante o final de semana.
Em contraste, o sono de recuperação geralmente resultava em uma menor reintegração na segunda-feira, embora o mesmo não pudesse ser dito para o atraso social do sono.
O sono de recuperação é tentar compensar uma deficiência de sono recente ao dormir mais do que o normal em um dia específico para recuperar o sono perdido. Já o atraso social do sono, se refere ao fenômeno de descompensação do sono devido a mudanças nos horários de sono, como precisar ficar atento a algo, sair à noite e ir a festas.
Ou seja, compensar o sono perdido com sono de recuperação pode não oferecer benefícios no início da semana de trabalho.
“Nossas descobertas sugerem que um sono de alta qualidade durante o fim de semana pode ser benéfico, mas recuperar o sono durante o fim de semana pode ser prejudicial ao retorno da segunda-feira e, por sua vez, indiretamente contribuir com a exaustão da semana de trabalho”, concluíram os autores do estudo.
Ciente de que ter um sono de qualidade traz benefícios para saúde e bem estar, você pode se apoiar na tabela com os períodos de sono médios para cada faixa etária criada pela Fundação Nacional do Sono dos Estados Unidos:
Recém-nascido (0 – 3 meses): 14 a 17 horas por dia
Bebê (4 – 11 meses): 12 a 15 horas por dia
Primeira infância (1 – 2 anos): 11 a 14 horas por dia
Idade pré-escolar (3 – 5 anos): 10 a 13 horas por dia
Idade escolar (6 – 13 anos): 9 a 11 horas por dia
Adolescentes (14 – 17 anos): 8 a 10 horas por dia
Jovem adulto (18 – 25 anos): 7 a 9 horas por dia
Adulto (26 – 64 anos): 7 a 9 horas por dia
Idoso (a partir de 65 anos): 7 a 8 horas por dia