O presidente do Senado, Eunício Oliveira, disse nesta terça-feira (6) que o Senado não pode ser cobrado a votar a Reforma da Previdência com rapidez, pois a matéria está na Câmara há um ano e dois meses. “Difícil é convencer os senadores que [a matéria] chegue aqui de manhã e seja aprovada no mesmo dia sem discussão.”
“Não posso tirar o direito legítimo dos senadores de discutir, debater e emendar. Não quero patrocinar esse tipo de comportamento. Matéria da Previdência não é matéria da Câmara. É das duas Casas e será votada separadamente”, completou o senador.
Eunício Oliveira voltou a defender que os ‘privilégios têm que ser retirados não só da Previdência’. Ele declarou, ao chegar ao Senado, que quem destrói a Previdência e as instituições são os privilégios, e que é preciso acabar com eles em todos os lugares, inclusive no Senado. Para ele, a Casa deu o exemplo no ano passado ao devolver mais de 20% do orçamento à União.
“Aqui ninguém ganha acima do teto e já é muito ganhar no teto. Devolvemos o recurso para o Tesouro para ser aplicado nas áreas que mais precisam”, ressaltou.
Auxílio-moradia
Questionado sobre a possibilidade de colocar em votação a proposta que acaba com o auxílio-moradia nos três Poderes, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Eunício disse que “obedece aos mandamentos dos líderes”. “Não tenho dificuldade de pautar qualquer matéria que esteja tramitando no Senado. Se os líderes encaminharem essa matéria, posso pautar. O Plenário é soberano.”
Segurança pública
Eunício esclareceu ainda que a pauta da segurança pública é uma questão do país, do Acre ao Rio Grande do Sul, e afirmou que o assunto tem que ser destravado no Congresso Nacional. “As pautas corporativas têm muito lobby e pressão aqui. Já as de interesse da sociedade não têm muita gente aqui pressionando. É nosso papel ouvir as ruas e trazer a pauta para o Congresso”, declarou o presidente do Senado.