Após aprovar projeto de autoria do senador Eunício Oliveira (MDB-CE) que determina a instalação de bloqueadores de celular nos presídios, o Senado Federal seguirá apreciando as propostas voltadas à área da segurança pública. Foi o que garantiu o próprio presidente da Casa, nesta quarta-feira, em entrevista à rádio O Povo CBN.
“Quando abrimos o Congresso Nacional, apresentamos nove itens relacionados à segurança pública, e vamos cumprir”, assegurou Eunício. Segundo ele, as próximas matérias a serem apreciadas serão a Proposta de Emenda à Constituição que proíbe contingenciamento recursos da segurança pública e projeto que prevê a construção de presídios agrícolas para que condenados não integrantes do crime organizado possam trabalhar para sua manutenção no sistema.
Eunício destacou ainda que já conversou com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para que a Câmara dê aos projetos a mesma celeridade que o Senado está dando. “Ele (Maia) se comprometeu a colocar o projeto de minha autoria em votação o mais rápido possível. A segurança pública e a microeconomia, que vai ajudar na retomada do crescimento e da geração de emprego e renda, serão as nossas prioridades. No dia 20, votaremos no Congresso a ajuda financeira de R$ 2 bilhões aos municípios. Que Deus os dê muita força para continuar essa luta em prol do povo cearense e, consequentemente, em prol do Brasil”, reforçou.
Eunício voltou a destacar, sobre a proposta de reforma da previdência, que o Senado só aprovará a matéria se for para retirar privilégios, e não para tirar benefícios de pobres, de pessoas com deficiência ou agricultores. “Se vier com penduricalhos, vamos modificar no Senado e devolver para a Câmara”, garantiu.
Questionado sobre a polêmica que envolve o pagamento de auxílio moradia a autoridades, Eunício declarou-se contra a qualquer tipo de privilégio no serviço público. “Aqui fala uma pessoa que assinou a carteira pela primeira vez aos 13 anos e ainda não se aposentou, um senador que não utiliza nenhum centavo de cota para atividade parlamentar e o presidente de um Poder que devolveu aos cofres públicos quase 30% dos recursos do Senado. A população brasileira está atenta e não aceita mais esses privilégios, ainda mais quando excedem ao teto do salário no serviço público”, defendeu.