O deputado federal eleito Eunício Oliveira volta a reunir, na nesta quarta-feira (14), em Brasília, os futuros companheiros de bancada e, também, senadores do MDB para discutir ações que garantam maior unidade da sigla para fortalecer a base de apoio ao Governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro, com um jantar, será na residência do emedebista no Distrito Federal.

‘’O meu compromisso é ajudar o presidente Lula a governar este País, a governar para fazer as transformações sociais tão sonhadas, especialmente, para a população mais pobre, para a camada da população que espera uma oportunidade para voltar ao mercado de trabalho’’, disse Eunício, afirmando que não ‘’há briga por cargo, nem posição na administração, mas sim o desejo de contribuir com a governabilidade do País’’.

COM SIMONE TEBET

Eleito à Câmara Federal, Eunício Oliveira é um dos líderes regionais do MDB mais próximos ao presidente Lula e, no Ceará, chegou a retirar a pré-candidatura ao Governo do Estado para se juntar ao PT e, na articulação com o senador eleito Camilo Santana, vencer a eleição com Elmano de Freitas. A chapa liderada por Elmano tem como vice Jade Romero, indicada pelo MDB. A construção da aliança no Ceará, de acordo com Eunício, retrata, também, a relação harmoniosa que o MDB mantém com o presidente Lula.

A reunião dos deputados federais, senadores e dirigentes regionais do MDB acontece no cenário que antecede à definição de novos nomes do Governo Lula. O presidente eleito ainda não sinalizou com nomes do partido para a Esplanada dos Ministérios, mas, entre as lideranças nacionais, há expectativa que o MDB ocupe dos cargos no primeiro escalão da nova administração. Um dos nomes seria indicado pela bancada na Câmara, e outro caberia aos senadores.

Convidada para o encontro articulado por Eunício Oliveira, a senadora Simone Tebet, que concorreu à Presidência da República e, no segundo turno, subiu ao palanque de Lula, é cotada para o Ministério do Desenvolvimento Social. Simone entraria, como dizem caciques do MDB, entraria na quota pessoal do presidente Lula, não sendo, portanto, indicação da bancada na Câmara ou no Senado. Cautelosa, Simone tem evitado exposição e, pela postura, transmite o sentimento de desapego a cargo no novo governo.