O ex-ditador do Panamá, Manuel Antonio Noriega, morreu na noite dessa segunda-feira (29), aos 83 anos, no Hospital Santo Tomás, na Cidade do Panamá,. A informação foi confirmada hoje (30) à Agência EFE pelo seu advogado, Ezra Ángel.

Noriega estava internado, em estado grave, na unidade de terapia intensiva, desde o dia 7 de março, quando se submeteu a cirurgia para retirada de um tumor cerebral benigno.

O antigo “homem forte” do Panamá, que governou o país entre os anos de 1983 e 1989, quando foi derrubado por uma invasão dos Estados Unidos, morreu por volta das 23h (horário local, 1h de Brasília), segundo dados divulgados pela imprensa local.

O estado de saúde de Noriega se complicou após sofrer hemorragia, poucas horas depois de ter sido operado, tendo que passar por uma segunda intervenção cirúrgica.

O ex-presidente foi extraditado para o Panamá no dia 11 de dezembro de 2011, após cumprir mais de 20 anos de prisão nos Estados Unidos e na França por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Ele cumpria pena de mais de 60 anos na prisão El Renacer, nos arredores da capital panamenha, até o dia 28 de janeiro deste ano, quando a Justiça lhe concedeu prisão domiciliar temporária para que fizesse o pré e o pós-operatório fora da penitenciária.

Em 2010, a Justiça panamenha abriu novo processo criminal contra ele por suposta responsabilidade no desaparecimento, em 1970, e morte do líder de esquerda Heliodoro Portugal. O julgamento foi suspenso no ano passado por causa dos problemas de saúde do ex-ditador.