O ex-ministro da Previdência Social e ex-senador José Pimentel, que passa a integrar a equipe de transição do Governo Lula, disse, nesta segunda-feira (21), que a prioridade do grupo de trabalho é fazer um diagnóstico da atual fila do INSS enfrentada por quem tenta receber auxílio e se depara com a demora na liberação de benefícios.

Segundo Pimentel, que compõe o grupo responsável pelos estudos sobre a área da previdência social, o momento não é para se falar em reforma previdenciária, mas sim buscar soluções para os problemas que deixam angustiados os segurados e beneficiários do INSS.
Uma das medidas, conforme enfatiza, é a recuperação dos sistemas informatizados que funcionavam entre 2009 e 2015. “Sem TI (Tecnologia da Informação) não tem melhoria.

Em 2009 nós tínhamos em torno de 60% dos benefícios da Previdência que eram concedidos em até 30 minutos, através do reconhecimento automático do direito previdenciário. Isso foi desativado, esse é o problema”, observa Pimentel, que, quando ocupou o Ministério da Previdência Social, modernizou e ampliou o número de postos de atendimento do INSS em todo o Brasil.

MELHORAR ATENDIMENTO

O maior desafio em 2023, de acordo com José Pimentel, é melhorar as condições de atendimento na rede de postos da previdência social:

“Até a PEC da Transição está dando esse problema todo. Tratar de emenda previdenciária, não é o momento adequado não. A nossa prioridade vai ser melhorar o atendimento”, disse José Pimentel, a conversar com jornalistas, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, sede do governo de transição.

O grupo técnico da área da previdência social se reuniu, nesta segunda-feira, pela segunda vez para avançar na captação de informações para o diagnóstico da realidade administrativa do INSS. O ex-ministro afirmou que o cronograma do grupo é entregar um primeiro relatório até o dia 30 de novembro, um segundo até 11 de dezembro e o relatório final no fim do ano.

Ao ser questionado sobre as longas filas com o acúmulo de pedidos de benefícios, Pimentel afirmou que são, pelo menos, 2 milhões de pessoas que aguardam retorno aos pedidos de aposentadorias e auxílios. Segundo o ex-ministro, o seu grupo de trabalho fará um diagnóstico de quem são essas pessoas e o que é preciso fazer para zerar a fila.