O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que se coloca como um dos pré-candidatos do PDT ao Governo do Estado, decidiu romper o período sabático que havia adotado após os oito anos na gestão administrativa da Capital, participou, nessa segunda-feira (08), de um debate sobre a pandemia da Covid-19 e deu as primeiras sinalizações de que irá ocupar espaços na corrida ao Palácio da Abolição em 2022.


Com duras críticas ao Governo Federal, Roberto Cláudio expôs, no I Seminário Trabalhista para qualificação de prefeitos realizado, de forma virtual, pelo PDT, um relato sobre as dificuldades que a Prefeitura de Fortaleza, em sua gestão, enfrentou com a fase mais crítica da pandemia da Covid-19. O ex-prefeito foi áspero nas palavras contra o Ministério da Saúde e administração federal.


‘’A gente viu e foi comentado sobre uma nefasta politização do governo federal em torno desta doença, eu diria que, além de irresponsável, hoje, genocida. As autoridades criaram falsas polêmicas e falsos debates em torno de toda a extensão da pandemia, primeiro colocando em cheque a real gravidade da epidemia em si, a definindo como uma ‘gripezinha’, sem qualquer outra grande repercussão. A autoridade maior do país verbalizou essa fala e ela foi infelizmente reproduzida por muita gente que se antecipou e tirou conclusões sobre a doença’’, disse o ex-prefeito”.

Crítico e opositor ao Governo Federal, o hoje ex-prefeito de Fortaleza não esconde as mágoas por ter tido a sua administração como alvo de uma operação da Polícia Federal realizada para apurar possíveis irregularidades na montagem e funcionamento do hospital de campanha no Estádio Presidente Vargas.


À época, por meio de nota, a gestão Roberto Cláudio estranhou a operação e expôs que todos os gastos foram feitos com lisura e transparência.


A apuração sobre suposto superfaturamento em compra de respiradores e na construção do hospital de campanha continua. Além da investigação sobre as despesas com a unidade de saúde, outra polêmica surgiu com a decisão da prefeitura em destruir o gramado do Estádio Presidente Vargas para improvisar o hospital de campanha destinado a atender pacientes com Covid-19. A estrutura do hospital foi desmontada, mas o gramado do Estádio Presidente Vargas ainda não foi recuperado.