O professor e médico ortopedista Henrique César, em seu comentário no Jornal Alerta Geral (Rádio FM 104.3 – Grande Fortaleza + 26 emissoras no Interior), questionou o contrato milionário entre a Prefeitura do Eusébio e o Instituto de Técnica e Gestão Moderna (ITGM), com sede no Rio de Janeiro, para administração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
A cada mês, segundo Henrique César, a Prefeitura gasta R$ 1 milhão com despesas para o ITGM gerenciar a UPA do Eusébio. São R$ 12 milhões por ano que, conforme afirmou, representam uma cifra muito alta, suficiente, por exemplo, para construir uma estrutura capaz de garantir, aproximadamente, 4 mil cirurgias ortopédicas por ano.
Henrique estranha, ainda, o fato do ITGM, de acordo com publicidade no site do próprio Instituto, ter como única UPA administrada no Brasil, a Unidade de Pronto Atendimento do Eusébio.
O professor e médico comentarista do Jornal Alerta Geral lembrou, ainda, que, em novembro de 2018, o Tribunal de Contas da União (TCU) organizou uma série de auditorias para investigar ajustes firmados entre entidades privadas e governos municipais para a prestação de serviços de saúde pagos com dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo Henrique César, foram encontrados diversos indícios de irregularidades, como direcionamento dos processos de seleção dessas unidades e ausência de detalhamento dos custos.
Na ocasião, o Ceará não foi investigado. Contudo, o médico alerta para a situação do município de Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), que tem uma receita média de quase R$ 60 milhões (segundo os últimos dados divulgados), uma dos maiores do Estado.