A Executiva Nacional do PDT decidiu enfrentar as pressões do grupo dissidente liderado pelo senador Cid Gomes e dissolveu o Diretório Estadual do partido no Ceará. A informação sobre a dissolução do Diretório do PDT foi antecipada, no último sábado (1º), pelo site cearaagora.

Dois convencionais – André Figueiredo e Cid Gomes, não votaram na reunião e a dissolução do Diretório foi decretada por 7 x 0. A Executiva Nacional definirá a data da Convenção para escolha dos novos dirigentes estaduais. Presidente da Executiva Nacional do PDT, André Figueiredo assinará os atos sobre a sigla no Ceará.

Deputados estaduais, prefeitos e ex-prefeitos que integram a dissidência do PDT foram, nesta segunda-feira, a Brasília, e acompanharam, ao lado de Cid Gomes, o desfecho da reunião da Executiva Nacional que adotou uma ácida decisão com o objetivo de preservar o partido nas mãos do grupo comandado pelo ex-presidenciável Ciro Gomes. Logo após oficializada a decisão do comando do PDT, Cid recebeu, nesta tarde, em Brasília, deputados estaduais e prefeitos para uma reunião.

A dissolução do Diretório Estadual representava a única alternativa para evitar que, por meio de uma convocação extraordinária, o bloco dissidente destituísse o deputado federal André Figueiredo do comando do PDT no Ceará. André tem o apoio do Ministro Carlos Lupi, de Ciro Gomes, do prefeito José Sarto e do ex-prefeito Roberto Cláudio.

NEM INTERVANÇÃO, NEM DISSOLUÇÃO

De acordo com um dos deputados estaduais que integram o bloco dissidente do PDT, a decisão da executiva nacional não representa intervenção, nem dissolução.

“A decisão da executiva nacional foi de avocar baseada no artigo 67 do estatuto do PDT”, disse ao parlamentar ao interpretar esse artigo como um ponto positivo das regras internas que permitem a administração dos diretórios estaduais pela executiva nacionais.

Segundo o deputado, “a imensa maioria do PDTirá cumprir a decisão de convocação do diretório estadual como prever o estatuto do PDT”.