A área de expansão da ZPE Ceará recebeu, no início desta semana, visita da comissão de alfandegamento da Receita Federal.  É mais uma etapa decisiva para viabilizar o Setor II da estatal, que vai receber novas empresas exportadoras com perfis diferentes (granito, energia e calçados).  A área a ser alfandegada, numa primeira etapa, está com projeto pronto e conta com 150 hectares. As instalações de várias empresas desses segmentos já foram negociadas e o Secretário de Assuntos Internacionais, Antônio Balhmann, destaca a tramitação de projeto de lei na Câmara Federal, que inclui essas outras atividades nas Zonas de Processamento de Exportação. Feito isso, abre-se uma nova fronteira comercial para empresas de todos os segmentos.

Operacional

Nesta primeira etapa da expansão da ZPE, a capacidade operacional é para 50 indústrias, com Área de Despacho Aduaneiro para movimentar até 5.000 containers/mês, num regime operacional de 24 horas. Dentre as 50 indústrias, já existem 20 empresas do setor do granito com protocolos de intenção assinados com o Governo do Estado para instalação de plantas industriais na expansão, o que representa investimentos da ordem de R$ 600 milhões e três mil empregos diretos.

Japoneses

O secretário de Assuntos Internacionais, Antônio Balhmann, apresenta a ZPE, nesta sexta-feira, para a câmara de comércio Brasil-Japão, em São Paulo.  Depois de investidas a coreanos e chineses, Bahlmann destaca que o interesse no investimento de japoneses no Ceará também é grande. Ele cita como exemplo a captação da empresa japonesa YKK para o Distrito Industrial, em Maracanaú, ainda na década de 1990. Até hoje em operação, a unidade de fabricação de zíperes será dada como bom exemplo à câmara de comércio.

Eólicas

O Ceará registrou um crescimento de 7,5% na produção de energia eólica em 2017, totalizando 718,6 MW médios. O resultado mantém o Estado como o terceiro maior produtor de energia eólica do País no último ano, atrás da Bahia, com 890 MW médios (+28,5%) e do líder Rio Grande do Norte, com 1.455,3 MW médios (+20,7%).  Também estão entre os 10 maiores produtores de energia eólica do País, o Rio Grande do Sul, com 637,5 MW médios, seguido por Piauí (524 MW); Pernambuco (255,3 MW); Paraíba (28,6 MW); Santa Catarina (26,7 MW); Rio de Janeiro (8,9 MW) e Sergipe (8,4 MW).

2018 em alta

O Porto do Pecém começou 2018 com resultados positivos em termos de movimentação de cargas. Em janeiro, o terminal apresentou incremento de 8% nas movimentações quando comparado ao igual período do ano passado. Segundo a Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), ex-Cearáportos, a estimativa é fechar o ano com alta de 10%. No mês passado, ao todo, foram exportados e importados, através do Pecém, 1.470.339 toneladas. Mas as importações foram o destaque no período, com 16% de crescimento. As principais cargas movimentadas e responsáveis por este resultado foram o carvão mineral (689.076 t), produtos siderúrgicos (31.782 t) e adubos ou fertilizantes (10.578 t). Já nas exportações houve uma queda de 10%. As mercadorias mais relevantes foram de placas de aço (207.844 t), frutas (20.418 t) e água de coco (2.547 t).

Placas de aço

As placas de aço, produzidas pela CSP, são um dos principais produtos movimentados no Porto do Pecém e representam 20% de participação na movimentação total de janeiro. As 243.025t exportadas foram enviadas para Turquia, Coréia do Sul, China e Polônia. Nas importações, o carvão mineral lidera o ranking, com um aumento de 54,6%, quando comparado ao primeiro mês do ano de 2017. O granel sólido foi importado da Colômbia (66%), Rússia (12%), Estados Unidos (11%) e Moçambique (11%).