Os aliados do presidente Jair Bolsonaro no Ceará precisam repensar os rumos que estavam sendo definidos em direção ao Patriota. A crise interna na sigla implodiu as articulações dos bolsonaristas que estavam com um pé no partido. O presidente afastado do Patriota, Adilson Barroso, disse, revelou, nessa terça-feira, ao Jornal Correio Braziliense, que o presidente Jair Bolsonaro não mais se filiará à agremiação por conta da mudança no comando do partido. O assunto ganhou destaque no Bate Papo Político com os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida na edição do Jornal Alerta Geral desta quarta-feira (21).
O vice-presidente Ovasco Resende, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está legitimado como presidente do Patriota. Adilson acusou o novo comando nacional da sigla de atrelamento à esquerda e disparou: “Com o partido nas mãos de esquerdista, ele não vem mais. Para o Patriota ficou difícil”, expôs Adilson, que abriu as portas do Patriota para o presidente Bolsonaro.
As primeiras articulações deram resultado e a sigla chegou a receber, como filiado, o senador Flávio Bolsonaro. Com as brigas internas e disputas judiciais pelo comando do partido, Flávio poderá ter vida curta no Patriota. Agora, o presidente Jair Bolsonaro aprofunda conversas com dirigentes do PL, PP, PSC, PTB e Pros em busca de um partido que o garanta legenda para, em 2022, concorrer à reeleição. O destino partidário de Bolsonaro poderá ser definido nessa quinta-feira.
A frustração sobre o Patriota deixa mais expectativas entre os aliados do presidente Jair Bolsonaro no Ceará. Lideranças políticas municipais, vereadores, deputados estaduais e federais que querem estar no palanque de Bolsonaro podem acompanha-lo para o mesmo partido, mas temem menos liberdade nas opções que estão surgindo – como PL, PP, PSC, PTB e Pros. Todos esses partidos já tem donos no Ceará, o que seria diferente com o Patriota, que tem menos estrutura e ganharia musculatura nos estados para as eleições de 2022.