As exportações cearenses somaram, de janeiro a outubro de 2017, US$ 1,65 bilhão. O resultado é superior em 70% os US$ 973 milhões verificados em igual período do ano passado. Já as importações alcançaram o valor de US$ 1,94 bilhão no acumulado de janeiro a outubro, apresentando queda de 86,9 por cento quando comparadas com o mesmo período de 2016, quando foram registrados US$ 3,1 bilhões. O saldo da balança comercial do Ceará totalizou um déficit de 287,4 milhões de janeiro a outubro deste ano, menor do que o verificado no mesmo período de 2016 (US$ 2,19 bilhões). O déficit da balança comercial é o menor desde 2009, quando registrou o valor de US$ 142 milhões.
Em outubro de 2017, as exportações totalizaram US$ 187,4 milhões, alta de 2,7 por cento em comparação ao mês imediatamente anterior (US$ 182,5 milhões), mas em relação a outubro de 2016 registrou crescimento de 29 por cento. As importações de outubro de 2017 alcançaram US$ 197,7 milhões, apresentando queda de 7,7 por cento em relação ao mês anterior, mas ainda ficando acima da média do valor importado ao longo do ano. Relativamente a outubro de 2016, é possível observar um crescimento de 35,4 por cento. O saldo da balança comercial cearense no mês de outubro foi deficitário em US$ 10,2 milhões. Já a corrente de comércio exterior cearense foi de US$ 385 milhões, acima da média do ano, com incremento de 32 por cento em relação ao mesmo período de 2016.
Os números estão no Enfoque Econômico (nº 168) – Comércio Exterior Cearense/outubro de 2017, que acaba de ser disponibilizado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará. O desempenho das exportações cearenses nos dez primeiros meses de 2017 representou 0,9 por cento do total da pauta nacional, acima, portanto, do percentual de participação verificado no mesmo período de 2016 (0,6 por cento). A participação do Ceará nas exportações nordestinas também subiu, passando de 9,2 por cento para 11,9 por cento no período analisado.
Com o movimento das exportações e importações, a corrente de comércio do Ceará, no acumulado de janeiro a outubro de 2017, alcançou o valor de US$ 3,59 bilhões, com redução de 13 por cento em relação ao mesmo período de 2016. Essa queda da corrente de comércio pode ser explicada, em parte, pelo aumento atípico das importações no ano de 2016. Na análise mensal, as exportações em outubro de 2017 corresponderam ao montante de US$ 187,4 milhões, registrando alta de 2,7 por cento em comparação ao mês imediatamente anterior. Em comparação a outubro de 2016 registrou crescimento de 29 por cento. O documento foi elaborado por Ana Cristina Lima Maia, assessora Técnica do Ipece e contou com a colaboração de Lilian de Sousa Pereira.
Segmentos
Ana Cristina explica que, no acumulado de janeiro a outubro de 2017, a pauta cearense continuou sendo liderada pelos produtos metalúrgicos, com US$ 837,5 milhões em vendas externas, o que representou 50,63 por cento do valor total exportado pelo Estado no período. Em 2016, a participação desse setor (janeiro a outubro) era de 9,65 por cento do total exportado. As exportações de Outros produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado, de seção transversal retangular, participaram com 96,4 por cento do total desse grupo. Calçados e sua partes ocuparam o segundo lugar, com valor de US$ 240,8 milhões, representando 14,56 por cento do total exportado no período. Em seguida, estão Couros e Peles, com US$ 106 milhões, Produtos da Indústria de Alimentos e Bebidas, com US$ 78,6 milhões, Castanha de caju, fresca ou seca, sem casa, com US$ 74,7 milhões.
No acumulado de janeiro a outubro de 2017, os cinco segmentos que lideraram a pauta de exportação representaram 80,89 por cento do total exportado pelo Ceará. Dos principais produtos da pauta no acumulado de janeiro a outubro de 2017, os produtos que apresentaram crescimento, comparado ao mesmo período de 2016, foram: Produtos metalúrgicos (791,9 por cento); Combustíveis minerais, óleos minerais; matérias betuminosas (67,1 por cento), Calçados e suas partes (9,33 por cento), Produtos da Indústria de Alimentos e Bebidas (7,5 por cento ) e Lagosta (5,5 por cento ). Enquanto que Couros e Peles (-16,3 por cento), Castanha de caju, fresca ou seca, sem casca (-11,4 por cento), Têxteis (-26,3 por cento) e Frutas (-56,8 por cento ), registraram queda.
No acumulado de 2017, as exportações cearenses foram realizadas principalmente pelo Porto do Pecém (64,85%), por onde escoaram 153 produtos diferentes, com destaque para: Outros produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado, de seção transversal retangular, Gás Natural Liquefeito, Castanha de caju, Alimentos, e Calçados e partes, dentre outros. Pelo Porto de Fortaleza (Mucuripe) (14,4%) foi exportado principalmente Couro e peles, Ceras Vegetais, Castanha de Caju, Barras de ferro ou aço não ligado, a quente, dentadas, e Calçados e partes, para citar apenas os mais relevantes. As exportações do Ceará também foram realizadas pelo Porto de Santos (5,79%), por onde foram enviados Calçados e partes; Granito, simplesmente talhados ou serrados; Castanha de caju e Ceras Vegetais. Pelo Porto de Salvador (3,2%) seguiram Sucos (sumo) de outras frutas, não fermentado, sem adição de açúcar; Couros e peles e Calçados e partes.