Um estudo realizado no periódico Jama Pediatrics, mostra que o tempo de tela que uma criança deve ter depende do conteúdo compartilhado e do produto que está sendo consumido. Porém, as recomendações atuais em diversos países têm se baseado em controlar o tempo total de telas, sem levar em conta o contexto do uso nem diferenciar o tipo (por exemplo, se é recreativo ou educativo).
Por exemplo, o uso excessivo de celulares, tablets e televisão, está associado a prejuízos tanto cognitivos (linguagem, das funções executivas e habilidades acadêmicas, por exemplo) quanto psicossociais, como problemas de comportamento e falta de competência emocional para lidar com diversas situações. Isso também ocorre se os cuidadores têm o hábito de usar ou oferecer algum dispositivo enquanto se encarregam da criança, por exemplo, nas refeições. Para crianças, assistir conteúdos inapropriados para a idade, como violência e conteúdo adulto, pode afetar o desenvolvimento psicossocial.
Porém, o estudo constatou uma associação positiva no uso moderado de telas e o conteúdo compartilhado com os cuidadores. Segundo os autores, essa forma de usar os equipamentos digitais pode promover a interação, estimular o desenvolvimento do vocabulário e gerar oportunidades de aprendizado, dependendo de como for feita.