Atendendo o pedido do procurador-geral da República Rodrigo Janot, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF),decretou a prisão dos delatores Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS. No entanto, o ministro não acatou o pedido de prisão do ex-procurador Marcello Miller.

Nos bastidores, os delatores deram ciência, através de seus advogados, que  estão dispostos a comparecer à Polícia Federal, em Brasília ou São Paulo, para se entregar. Com isso, evitariam uma operação policial em suas casas. As detenções são temporárias, com prazo de cinco dias, mas podem ser prorrogadas ou transformadas em preventivas, quando os presos ficam

As prisões são temporárias, ou seja, com prazo de cinco dias, mas podendo ser prorrogadas ou transformadas em preventiva, que pode permanecer durante a toda persecução penal.

Na sexta-feira, tão logo foi pedida a prisão temporária dos dois, os advogados colocaram ps passaportes dos seus clientes à disposição da Justiça e pediram para ser ouvidos pelo ministro Fachin.

Janot também pediu a prisão do ex-procurador Marcelo Miller, por entender que ele participou da elaboração do acordo de colaboração, dos delatores da JBS com a Justiça. Os empresários afirmam que a consulta a Miller foi apenas sobre linhas gerais de um processo de delação, e que não tinham conhecimento que ele continuava na Procuradoria-Geral. Miller pediu o desligamento em dia 23 de fevereiro, mas só saiu em 5 de abril.