Após anos de pandemia, onde a desvalorização da moeda brasileira foi constante e significativa, pode-se observar no cenário atual uma crescente evolução do Real. Claro que muito disso se deve à oscilação do dólar, que, principalmente nos últimos dias, tem se mostrado bastante instável.
A oscilação do Real fez com que a maioria dos investidores utilizasse cada vez mais a melhor configuração MACD para determinar os momentos ideais para investir ou fugir da pista. A negociação no mercado financeiro não usa fórmula mágica, mas exige muita atenção na análise dos indicadores para que tenham maiores chances de obter bons resultados.
Mesmo com muitos subsídios, o destino da moeda tupiniquim ainda não está bem definido, nem tão estabelecido como todos desejam. Muitos investidores ainda estão pisando em ovos,
sem muita confiança no que está por vir. Mas, para tentar traçar uma perspectiva de futuro mais sólida, é importante compreender, primeiramente, a situação do passado próximo.
O cenário do Real nos últimos dois anos
Desde dezembro de 2019, o Real sofre uma desvalorização brutal. Sua queda frente ao dólar já chegou à casa de 28%, colocando o Brasil no último lugar da lista das 30 moedas que mais negociam no mundo.
Apesar de este parecer unicamente um problema para quem tem negócios fora do país, os efeitos da desvalorização do Real foram sentidos no bolso de toda a população no decorrer dos anos seguintes. A indústria local, em sua maioria, depende de um número muito grande de insumos externos, o que acaba afetando diretamente na economia do consumidor final, ainda que ele acredite que não.
Além do aumento do preço de quase tudo o que é consumido, ainda existe o problema de ser mais rentável ao produtor local, muitas vezes, vender para fora. Com a moeda fraca, os compradores externos se interessam e acabam dando preferência por os produtos se tornarem “baratos”. Essa mudança de rota resulta em maior rentabilidade aos produtores, porém, em maior escassez de produtos para os cidadãos.
Foram anos duros para toda a economia nacional, e hoje, ainda que haja alguma esperança de melhora (e até mesmo um respiro já visível), a retomada da posição inicial ainda se mostra uma realidade um tanto quanto distante.
A realidade atual da moeda brasileira
Comparado a si mesmo, o Real apresentou bons sinais de recuperação no ano de 2022. Quando colocado em perspectiva quanto ao dólar, ele chegou a bater a casa dos R$4,60 por dólar, quando a máxima, nos dois anos anteriores, ultrapassou os R$5,70.
Uma das explicações para essa valorização “repentina” da moeda brasileira é a diversificação de papéis na qual os investidores têm apostado. A injeção de capital estrangeiro com foco local faz com que esta moeda seja, inevitavelmente, mais destacada. A conjuntura atual, apesar de muito melhor que a anterior, ainda não dá margem real de estabilidade para os investidores.
O que esperar para um futuro próximo
Apesar de não haver ainda um solo concreto, onde investidores não patinem, muito especula-se sobre novos aportes sobre a moeda brasileira, que podem resultar em uma melhora ainda maior do quadro atual. O Brasil, hoje, opera com juros muito altos (vide taxa Selic que supera os 13%). Países como os EUA, por exemplo, ainda que estejam também trabalhando com juros altos, não chegam a esse percentual tão elevado.
Logo, um movimento comum nessa situação é o carry trade, que carrega consigo a ideia de pegar uma moeda com juros baixos e levá-la para um país onde os juros estão mais altos. Para quem investe, isso resulta em bons resultados, portanto, pode-se observar um certo fluxo pendendo para este lado. Apesar de muita especulação sobre quais serão as cenas dos próximos capítulos do Real, pouco pode-se afirmar com certeza sobre as previsões. A tendência é que, especialmente a partir de agora, possa haver ainda mais turbulência por conta das eleições. O período eleitoral promete agitar muito a economia do país, resta a todos esperar para ver se o agito será para bem ou nem tanto.